Super Homem chega aos cinemas brasileiros no dia 10 de julho sendo possivelmente o filme de maior expectativa de 2025. Depois de uma série de fracassos com a DC, surge James Gunn com o propósito de fazer seu próprio universo, retomando os ideais dos quadrinhos e principais obras dos personagens. No caso do Super Homem, não há referência mais justa que o clássico de 1978, com Christopher Reeve.

Krypton
A história de origem que todos conhecem ainda é a mesma, mas na versão de 2025 as coisas são um pouco mais sombrias, seguindo as inspirações de Krypton idealizada por Grant Morrison nos quadrinhos. Ao ter acesso às gravações completas de Jor-El e Lara Lor-Van, é revelado que a Terra não era apenas um lugar para que Kal-El sobrevivesse, mas também colonizar e oprimir seus habitantes. Em 1978, Jor-El interpretado por Marlon Brando admira a Terra, inclusive proibindo o Super Homem de interferir na história da humanidade, apenas sendo seu guia para a luz.
Ideais do Super Homem
As duas versões apresentam um Super Homem que transmite esperança, no entanto, é curioso notar como os mesmos ideais são alterados com o tempo. Em sua primeira entrevista com a Lois Lane, o Super Homem de Christopher Reeve comenta que seus motivos para estar na Terra são “lutar pela justiça, verdade e o ideal americano”. Já a versão interpretada por David Corenswet representa um herói muito mais político e universal, chegando até mesmo a intervir em conflitos contra o interesse dos Estados Unidos.
Vale relembrar que esse teor político das histórias já está presente desde o primeiro quadrinho do Super Homem, em 1938. Alguns feitos realizados na primeira obra do herói são: impedir uma execução de pena de morte que seria feita de forma equivocada, impedir que um homem agrida sua mulher e ir diretamente para Washington impedir uma guerra arquitetada pelos Estados Unidos contra San Monte, país fictício da América do Sul.
Lex Luthor e seu plano
Esse é um tópico que surpreendentemente segue estruturas bem próximas nos dois filmes. No filme de 78, o plano de Lex Luthor é lançar duas bombas, e uma seria na falha de San Andreas, gerando terremotos que destruiriam a Califórnia. Com os estragos, Lex compraria as terras por preços muito mais baratos. Já em 2025, o icônico vilão também quer a posse de terras, mas para isso ele financia uma guerra entre os países fictícios (com muitas inspirações na vida real) Boravia e Jarhanpur. Para impedir que o Super Homem interfira na guerra, ele cria uma fenda que faria a Terra ser engolida por um buraco negro.
Eve Teschmacher
Nos dois planos, há uma peça chave para o fracasso: Eve Teschmacher, a mulher de Lex. Na versão de 78, ao saber que uma das áreas impactadas pelo terremoto seria Hackensack, onde sua mãe morava, Eve solta o Super Homem de uma corrente com kryptonita, fazendo o herói prometer que salvaria sua mãe. Atualmente, Eve possui um romance escondido com Jimmy Olsen, e em um ato de raiva, divulga fotos para Jimmy contendo dados cruciais que revelavam o plano de Luthor.
Apesar da distância de épocas, os dois filmes evidenciam como a figura do Super Homem é relevante, tanto para o mundo dos heróis quanto a cultura pop de forma geral. Assim como já presenciamos o impacto de Christopher Reeve, agora temos a oportunidade de ver como será o futuro do herói nos novos moldes da DC.
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