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ASSASSIN’S CREED: SHADOWS: arestas aparadas sem a superação das estruturas problemáticas

ASSASSIN’S CREED: SHADOWS: arestas aparadas sem a superação das estruturas problemáticas

Assassin’s Creed: Shadows é o jogo mais recente da Ubisoft, uma das maiores desenvolvedoras de jogos francesa. O jogo é o 13º título da franquia que ficou conhecida pelo seu mundo aberto, contextos históricos e batalhas infindáveis da facção assassina que trabalha pela proteção dos povos.

O novo jogo da franquia se passa no Japão e traz a novidade de dois personagens dividirem a jogabilidade, Naoe e Yasuke. Naoe é uma Kunoichi, especializada nas artes furtivas e de assassinato, já Yasuke é um escravo preto que, ao trocar de senhor se torna o samurai da família Oda, especificamente de Oda Nobunaga. A dualidade dos personagens é uma das características mais marcantes da obra, já que ela permite uma troca constante entre diferentes tipos de jogabilidade. Com Yasuke, a proposta é enfrentar os inimigos de frente em um combate franco, já com Naoe, a proposta é ser furtivo e tentar realizar o maior número de assassinatos possíveis sem ser detectado.

O mundo aberto permanece com uma das principais características da franquia, desta vez o mundo está maior do que nunca. Grande e com diversas atividades para serem realizadas, o jogo oferece uma exploração profunda. Infelizmente a mesma estrutura problemática dos jogos anteriores volta a aparecer, este mundo é grande e repetitivo demais. O universo gigantesco tem diversas atividades que rapidamente se tornam repetitivas. Em pouco tempo o jogador já se sente desencorajado a verificar todas as interrogações dos mapas, pois muitas não são nada e outras são atividades interessantes que se tornam fúteis por conta da repetição exaustiva dessas.

O contexto histórico está excelente, vários personagens são bem utilizados e a narrativa da missão principal é boa o suficiente. O modelo assíncrono de missões fornece a liberdade necessária para a proposta deste tipo de jogo. Missões secundárias parecem em um primeiro momento terem um significado mais profundo que explora um pouco mais o universo apresentado. O problema é que o modelo destas também se torna repetitivo, pois na maioria das vezes elas se resumem a encontrar certas pessoas, as assassinar ou as poupar. Não há um modelo que realmente se aprofunde no universo, a superficialidade reina aqui.

Em relação às mecânicas, o modelo de habilidades, equipamentos e troca de personagens, foi feito com excelência. Como de praxe, o gênero de mundo aberto se deleita nas raízes do RPG no que se refere à construção de build, acabando assim por criar algo interessante que invariavelmente obriga o jogador a fazer escolhas em relação ao caminho de build que deseja seguir. O combate é decente, não há nada de realmente espetacular, mas também não há nada de grotesco apresentado. O modelo de golpes possíveis e não possíveis de desviar foi seguido, junto a isso há a possibilidade de aparar, quebrar armadura, tudo que um combate moderno de mundo aberto solícito.

Entre erros e acertos Assassin’s Creed Shadows parece estar na média, o que é bom, mas a verdade é que o jogo parece melhor ainda pelo fato dos últimos jogos da Ubisoft serem fracassos homéricos. As melhorias desse jogo em relação aos seus antecessores estão relacionadas às arestas que foram aparadas, excessos e fórmulas erradas foram superadas. O problema está no que não foi superado, por melhor que seja Assassin’s Creed Shadows, a obra ainda parece com qualquer mundo aberto genérico dos últimos anos, pois cria um mundo gigantesco que promete horas de atividades para os jogadores, porém essas horas são preenchidas com atividades repetitivas e uma história boa, mas muitas vezes mal contada. Chegou o momento da Ubisoft perder o preciosismo com sua franquia e abrir espaço para o novo, este modelo de mundo aberto gigantesco com atividades chatas chegou ao seu limite, não há mais o que se tirar dali, a última gota do líquido acabou de ser usada nesse jogo, a fonte secou.

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