Call of Duty: Black Ops 6 é o mais novo jogo da franquia Call of Duty que conta com 24 jogos ao total. Desenvolvido pela Activision, o shooter conquistou ainda mais jogadores que seus antecessores estando disponível em day one no game pass. Black Ops 6 decidiu o novo caminho da franquia, a atitude arcade prevaleceu sobre qualquer intuito mais realista.

Arcade é o que eu quero ser

 O novo Call of Duty prometia bastante, afinal este definitivamente chegaria a mais pessoas que seus antecessores. Assim, a Treyarch decidiu assumir de vez a proposta mais arcade para seu jogo. Black Ops 6 se distanciou de vez de seu maior concorrente, Battlefield. Enquanto a proposta de seu adversário de mercado é simular um campo de batalha, Black Ops 6 decidiu tomar o caminho do arcade de uma vez por todas. Essa decisão pode ser observada nas mudanças que foram implementadas no jogo.

O COD sempre foi conhecido pelo seu modelo multiplayer em mapas mais fechados com diferentes modos de jogo. Este COD potencializa esta ideia com mapas ainda menores favorecendo o combate frequente entre os jogadores, esta foi a primeira mudança que aproximou este jogo do modelo arcade. Além disso, este jogo potencializa ainda mais o escorregar e saltar na movimentação. A característica que era utilizada por parte dos jogadores nos últimos jogos da franquia foi incentivada com aprimoramentos que favorecem os jogadores que adotam este tipo de gameplay. “Se mover como um maluco” se tornou ainda mais benéfico no combate contra outros jogadores, a vantagem ficou ainda maior.

Estas duas mudanças citadas por si só direcionaram o jogo para um modelo voltado para o arcade. Afinal, não é comum esta movimentação em jogo que decide simular uma batalha real. O mapa reduzido deixou ainda mais contundente os enfrentamentos incessantes, ficar vivo por 1 minuto no modo multiplayer neste novo COD é praticamente impossível. Matar ou ser morto é uma ação que ocorre a cada poucos segundos, a cada instante o combate chega até o jogador.

Black Ops 6 se assumir como arcade é um passo fundamental para a franquia como um todo. As discussões que tomaram conta da comunidade ao longo dos anos sobre o caminho que a franquia estava tomando foram cessadas. A nova cara de COD é esta, não há mais surpresas para os jogadores nos próximos jogos. Para o bem ou para mal, este frenético, maluco e combativo COD será o novo normal.

Legado e Mudanças

Black Ops 6 implementou um sistema de evolução das armas e conquista de skins que virou um objeto por si só dentro do jogo, além do sistema de prestígio para os jogadores que desejam conquistar skins e outros objetivos. O sistema de vantagem junto ao coringa direciona o jogador para um tipo de gameplay específica, seja uma gameplay agressiva onde a ideia é rushar os adversários, seja uma gameplay de marcar posição identificando os inimigos antecipadamente.

As diferentes mudanças trouxeram diversas controvérsias na comunidade, parte dela gostou da guinada para o arcade, outra detestou, preferindo o modelo dos jogos mais antigos da franquia. Porém, algo que quase todos concordam é que este provavelmente é o jogo da franquia com os piores mapas. Red Card, Rewind e Vorkuta são mapas horríveis, o level design deles são horrorosos, todos estes possuem partes muito sinuosas ou muito curtas, os enfrentamentos por vezes demoram a ocorrer ou acontecem inesperadamente, não há nenhum padrão. A melhor decisão é retirar estes mapas do jogo e fazer uma reformulação completa em seus designs.

Os modos de jogo não foram exatamente grandes surpresas. A obra apresenta os modos de jogo clássico da franquia a tempo que traz alguns novos modos para dar dinamicidade à jogabilidade. O problema é que a grande maioria deles é chato ou ruim, são poucos modos realmente divertidos de jogar. Fora que a maioria dos novos modos são simplesmente modos de jogos que outros shooters já implementaram, não são realmente uma novidade.

Zumbis e Campanha

Em relação ao modo zumbi, este foi exposto de uma forma diferente do habitual, com um combate mais dinâmico no enfrentamento à horda de mortos-vivos. As duas missões disponíveis não são difíceis de serem completadas, porém completar o easter egg que permite liberar as recompensas exclusivas são realmente complicadas de se fazer, várias etapas diferentes são necessárias com diferentes peculiaridades. Além disso, é difícil completar estes mapas sem um certo nível de progressão nas pesquisas do menu, afinal elas oferecem bônus necessários durante o combate.

No que diz respeito ao modo campanha, Black Ops 6 traz uma história interessante com uma jogabilidade aceitável. O nível de desafio não é realmente grande, mas o enredo é cativante o bastante para prender os jogadores. O plot envolvendo os mortos-vivos aparece de uma forma um tanto inesperada e a parte final envolvendo a agente Harrow destoa bastante do resto da campanha, seja para o bem ou para o mal. O final é digno de uma aventura de soldados da CIA que agiram nas sombras para salvar a própria organização. A realidade é que foi produzido algo decente, principalmente considerando que o modo campanha, definitivamente, não é o foco da franquia de Call of Duty.

Black Ops 6, o novo momento

Concluindo, Black Ops 6 definitivamente será um divisor de águas para a franquia. Existirá um COD antes e outro depois deste jogo, isto não somente por ele ser o primeiro jogo lançado após a venda da Activision, mas pela caracterização assumida que o jogo apresentou. A franquia tem uma nova cara, e este parece ser o objetivo daqui para frente. Como sempre, vamos aproveitar os conteúdos do multiplayer até um novo COD ser lançado, o que conhecendo a Activision, não está a muitos anos de distância.

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