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Call Of Duty e seus 20 anos de história

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Do “Matador de Medal of Honor” até a disputa entre duas das maiores empresas do entretenimento eletrônico, o jogo de FPS (First Person Shooter ou Tiro em primeira pessoa na tradução literal) Call of Duty está próximo de comemorar 20 anos do seu primeiro lançamento, consolidado entre uma das maiores franquias da história dos games e sendo o centro de uma disputa judicial, quer saber mais sobre tudo isso? Então continua comigo nesse artigo.

Ghost é um dos personagens mais conhecidos da franquia

As inspirações para o Jogo e o nascimento da franquia

Muitos jogadores, principalmente os fãs mais assíduos da franquia, sabem que toda a história de Call of Duty começa com um jogo no mesmo estilo, só que mais antigo e também bem conhecido (que será comentado mais adiante), o que talvez alguns não saibam é que ambos os games tiveram um empurrãozinho vindo do diretor de um filme extremamente famoso e aclamado: O Resgate do Soldado Ryan.

O Resgate do Soldado Ryan, Paramount Pictures (1998)

Obviamente, esta inspiração não veio do nada: Na época Spielberg, diretor do filme, era um dos proprietários do estúdio de jogos Dreamworks Interactive e aproveitando o sucesso de seu filme, lutou pra que fosse criado um jogo com a mesma temática, pois ele via o filme havia sido uma experiência educativa e não apenas de entretenimento e acreditava que levar isto aos games poderia ser uma forma de aprendizado sobre o conflito. Desta forma nasceu o “pai” de Call of Duty: Medal of Honor.

Representação da tomada da Normandia em Medal of Honor (DreamWorks Interactive, 1999)

O game foi lançado em 1999 pela Dreamworks e foi extremamente bem recebido pela crítica, se tornando rapidamente o título mais vendido da produtora, porém os custos da produção foram muito altos e quando o título começou a dar lucros, já haviam acordos selados para venda da produtora e aqui é o ponto onde Call of Duty (Mesmo sem saber) começava a nascer.
A Dreamworks foi adquirida pela EA e Medal of Honor (Como toda série de sucesso) ganhou continuações, porém em 2002 a EA resolve tirar a franquia das mãos dos produtores da Dreamworks (Que passara a se chamar EA 2015, Inc) e faz com que diversos destes funcionários abandonassem a empresa e fossem trabalhar em sua principal rival: A Activision.

Surge o “Medal of Honor Killer”

Como visto, a Activision abraçou e acolheu os produtores de Medal of Honor e deram aval para que estes criassem um jogo que viesse a competir diretamente com Medal of Honor e não teve medo de investir. Com 22 pessoas vindo da 2015, Inc (E que fundaram outro estúdio chamado Infinity Ward) e um aporte de US$ 1,5 milhão no estúdio recém criado em troca de 30% das ações e a promessa de que iriam criar um “matador de Medal of Honor” e este foi o nome inicial do projeto, e como ele foi chamado até que se chagasse ao título oficial.
Para os padrões da época, o aporte feito pela Activision foi considerado alto e de risco, pois havia uma franquia já pré estabelecida e os games ainda não tinham a compreensão de entretenimento e retorno que possuem hoje em dia.
Com total liberdade criativa para os desenvolvedores da Infinity Ward, o “All In” da Activision foi lançado exclusivamente para PC’s em 29 de outubro de 2003.

Capa do primeiro Call of Duty, lançado em 2003

Já nasceu fadado ao sucesso

O game não só foi um sucesso de vendas (O que já garantiria uma continuação), como também foi extremamente aclamado e premiado. Com o segundo jogo em desenvolvimento, e devido à proximidade entre Activision e Microsoft, foi selado um acordo para que Call of Duty 2 fosse um dos títulos de lançamento do mais novo console da empresa de Bill Gates e desta forma em 02 de outubro de 2005 CoD 2 chegou aos PC’s e logo depois, em 22 de novembro do mesmo ano, fez sua estreia nos consoles no lançamento do Xbox 360.
Vendo o tamanho do sucesso da franquia, a Sony (que não é boba, nem nada) não quis ficar de fora da brincadeira e acertou com a Activision que o terceiro jogo da franquia sera lançado também para os seus consoles e desde então Call of Duty nunca mais ficou fora do Line Up do PlayStation.

Os números e a briga entre as gigantes

Já deu pra perceber a dimensão que a franquia tomou ao longo desses 20 anos de história e muita, mas muita gameplay. Mas isso fica muito mais evidente quando falamos dos números atingidos, pois sucesso qualquer um pode fazer, mas se manter no topo é outra questão.
O site ”MeuPS” fez um levantamento utilizando dados do “Business Insider”.
O site coloca a franquia como sendo a segunda mais vendida na história dos games, com um total de 400 milhões de unidades distribuídas, fazendo com que Call of Duty fique atrás apenas de Tetris. Você, caro leitor, pode estar se perguntando “Mas eu vi que o Mário é a maior franquia de jogos do mundo” e você está certo. Se levarmos em conta todos os jogos que levam o nome do encanador bigodudo (Super Mario, Mario Kart, Dr Mario, Mario Party e por ai vai) realmente ele ultrapassa facilmente Tetris e CoD, porém o site separa e agrupa apenas os jogos que levam “Super” em seu nome e desta forma o mascote da Nintendo fica na terceira posição.

Call of Duty se tornou uma das 3 maiores franquia em número de vendas

Um Jogo por ano: A estratégia que deu certo.

Uma estratégia que fez com que o jogo da Activision atingisse esse patamar é a de realizar um lançamento anual a partir do segundo jogo da franquia, ou seja, desde 2005 com Call of Duty 2 todo ano tem um lançamento de CoD.
Analisando estes números, não é de se espantar todo o movimento feito pela Sony/PlayStation para impedir que a Microsoft concluísse a aquisição da Activision e pudesse desta forma tornar Call of Duty um exclusivo de sua plataforma.

Cabo de guerra entre Microsoft e Sony

Toda a disputa começou quando em janeiro de 2022 a Microsoft anunciou a aquisição da Activision/Blizzard pelo singelo valor de US$68,7 bilhões o que faria com que a gigante empresa americana se tornasse detentora dos direitos de franquia como Diablo, Overwatch, Spyro, Crash Bandicoot e claro, Call of Duty. Este movimento de mercado fez com que os executivos da Sony logo acionassem seus advogados buscando formas de barrar esta aquisição e assim se arrastou um imbróglio em diversos órgãos reguladores entre as duas gigantes.
Mesmo com grandes franquias clássicas de seus consoles, como Crash e Spyro por exemplo, em risco o foco da Sony se voltou totalmente a Call of Duty e seus números.

Call of Duty se tornou o ponto central da disputa entre Microsoft e Sony no processo de venda da Activision

Jim Ryan, chefe de divisão da PlayStation, chegou a apresentar números que mostravam que caso a franquia de FPS se tornasse exclusiva, isso geraria um movimento de mercado fazendo com que 15% dos jogadores de PlayStation poderiam migrar para o Xbox, fazendo com que o tombo para a empresa japonesa fosse tão grande que o PlayStation jamais se recuperaria disso, mesmo que o jogo seguisse sendo lançado na plataforma, porém com uma versão piorada. Em contrapartida a Microsoft rebateu tal argumentação, afirmando que apenas 3% deste público faria a migração de plataforma e dizendo que tal percentual não seria justificativa o suficiente para barrar a compra do estúdio.

O acordo entre as empresas que comprova o tamanho de Call of Duty

Em julho de 2023, vendo que a maioria dos órgãos regulamentadores estavam dando o aval para finalização da compra e um pré acordo firmado entre Micorsoft e Nintendo, a Sony se viu sem saída e entrou em acordo com a empresa americana para manter Call of Duty por, pelo menos, mais 10 anos em seus consoles.
Um acordo que parece normal e sem grandes prejuízos, mas que demonstram a dimensão e a força que o “Matador de Medal of Honor” tomou, pois de acordo com rumores de insiders, a Sony abriu mão das demais franquias (deixando a critério e nas mãos da Microsoft se serão exclusivos ou não) clássicas como Spyro e até mesmo Crash Bandicoot, que por muito tempo foi considerado até mesmo mascote do PlayStation, para manter Call of Duty em seu line-up de jogos e não se tornar assim o “matador da PlayStation” também.

Acordo entre Microsoft e Sony preve apenas a cessão de Call of Duty, o que pode fazer com que jogos como Crash Bandicoot se torne exclusivo da empresa americana.

Como será o futuro da franquia ainda não sabemos, o que sabemos é que no presente segue sendo um sucesso, seja com suas campanhas (Estamos às vésperas de um possível anuncio do game deste ano), ou em seu modo Battle Royale com Call of Duty Warzone, com uma base de fãs que fielmente segue impulsionando Call of Duty ao topo.

2 respostas

  1. Independente da Microsoft ter adquirido cod, q eu adoro jogar, em critério de console eu ainda prefiro a PS do q o xbox, nunca gostei do console e seus jogos exclusivos, n sou MT fã, principalmente o joystick, mas pra cod, 100% no pc..

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Rodrigo Moraes

Rodrigo Moraes

Turismologo por formação, mas onde eu viajo mesmo é escrevendo e falando sobre cultura pop, principalmente games, sem deixar de lado animes, filmes e séries!

2 respostas

  1. Independente da Microsoft ter adquirido cod, q eu adoro jogar, em critério de console eu ainda prefiro a PS do q o xbox, nunca gostei do console e seus jogos exclusivos, n sou MT fã, principalmente o joystick, mas pra cod, 100% no pc..

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