Com o lançamento agendado para 18 de julho de 2024, Flintlock: The Siege of Dawn pode ser um desastre por motivos que fogem de seu controle. A obra é desenvolvida pelo A44, estúdio neozelandes sitiado em Welligton. O segundo jogo após Ashen é Flintlock que é distribuído pela Kepler Interactive. O jogo chegará day one no gamepass, assim como estará disponível para PC, Xbox Series X|S, PS4 e PS5.
O grande problema que envolve Flintlock pode ser percebido no comentários do trailer de gameplay disponibilizado durante a Summer Games Fest.
Nos comentários do vídeo é possível identificar o problema. Há vários comentários que incitam um boicoite pelo envolvimento do jogo com a empresa Sweet Baby Inc(SBI).
No primeiro comentário: “!! ALERTA !! SWEET BABY INC DETECTADO”, no segundo: “Flintlock tem (surpresa, surpresa) uma conexão com a Sweet Baby, Inc.. Kim Belair (escritora, designer de narrativa, co-fundadora da Sweet Baby Inc) co-projetou/escreveu os personagens e o mundo desse jogo.”
Sweet Baby Inc.
Afinal o que é a Sweet Baby Inc.? A empresa se apresenta como uma companhia de consultoria para jogos que auxilia na criação de narrativas com foco na inclusão. Seu trabalho na indústria dos jogos é amplamente conhecido através de jogos como Alan Wake 2, God of War: Ragnarok e Suicide Squad: Kill the Justice League.
O problema de alguns jogadores com a empresa surgiu a partir da descoberta da participação desta empresa nos jogos já citados. Alguns destes sendo um fracasso como o Suicide Squad e outros que aindam apresentam problemas como Alan Wake 2, que segundo o diretor, não se pagou até hoje. A conclusão de jogadores foi que a inflûncia da SBI nos jogos os levou ao fracassso. Acusando-a assim, de adicionar elementos da cultura “woke” e trazer “política para dentro dos jogos”.
Modelo de abordagem predatório da SBI
Como qualquer empresa capitalista a abordagem da SBI sobre as empresas às quais ela oferece consultoria não é das mais éticas. A abordagem é formulada através de ameaças e intimidações, obviamente um erro mas que não justifica outro criado pela comunidade.
No post do X: “A cofundadora da Sweet Baby Inc, Kim Belair, explica com orgulho o método que usa para forçar os chefes dos estúdios de jogos a censurar, alterar e “diversificar” os projetos de jogos que ela considera problemáticos: “Aterrorizá-los”, ou seja, ameaçá-los com a raiva da multidão da cultura do cancelamento.”
Motivações e resultado
O ódio do jogadores para com a Sweet Baby Inc. não está realcionado a forma como ele aborda as empresas, mas sim o resultado que seu trabalho gera nos estúdio que contratam seu serviço. Obviamente não é possível correlacionar o fracasso de alguns jogos com a empresa que está responsabilizada em promover a inclusão em jogos digitais. A questão política é mais importante em momentos como esse, em que certa parte dos jogadores sentem que “seu espaço por direito” está sendo invadido e que abordagens como a oferecida pela SBI atrapalham a indústria que eles “tanto amam”. Esse tipo de argumento não faz sentido pois não é realmente possível desmembrar a política de nada que envolva a criação humana, ainda mais jogos que levantam diferentes visões de pontos de vistas durante a sua produção.
Termos como “cultura woke” cegam os jogadores para o que é mais importante. O que importa não é o espectro ou agenda política específica, o que importa é o dinheiro. Se for preciso aderir à cultura de inclusão para aumentar os ganhos dos acionistas, assim será feito. Não é uma agenda política, é uma agenda do capital. Para os acionistas pouco importa a cor de pele ou gênero da protagonista.
Devido ao envolvimento da SBI é provável que Flintlock receba um review bomb em seu lançamento. Onde jogadores se juntam para avaliar negativamente uma obra a fim de desmoraliza-lá perante o mercado. Por conta de atitudes como essa talvez um estúdio neozelandes de tamanho médio terá que arcar com um grande prejuízo. O terreno do mundo dos jogos está cada vez mais instável e nebuloso, seja para empresas ou para os jogadores.
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Uma resposta
E em troca disso estamos vendo ai varias franquias e sagas sendo “estragadas”. Belo exemplo sendo levado pro futuro.