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Não vou mentir: Lies of P e a minha primeira experiência com Souslike

Vou começar dizendo que este texto não será uma análise técnica, falarei sobre alguns aspectos, mas com certeza nada aprofundado. Sei também que o jogo já foi lançado há um certo tempo, mas nunca é tarde pra se apreciar e conversar sobre um bom jogo não é mesmo?
O texto hoje será um pequeno relato sobre a minha experiência com Lies of P, sendo este meu primeiro “Soulslike” e como revivi minha frustração da época que jogava Rei Leão no Super Nintendo. Mas, antes, gostaria de fazer um agradecimento ao pessoal da Nuuvem, que disponibilizou à Black o jogo na sua versão para o PlayStation 5.

Eu, Robô em versão Souslike

A primeira questão que gostaria de compartilhar com você, caro leitor desse texto, é que minha mente às vezes viaja em busca de referências ou semelhanças com outras obras da Cultura Pop e, em diversos momentos, desde o início da gameplay de Lies of P, me senti um pouco dentro do filme “I, Robot” (2004) estrelado por Will Smith. Nele máquinas que deveriam ajudar e cuidar dos humanos sofrem alterações em suas configurações e passam a descumprir as próprias regras (inclusive, a introdução do jogo é praticamente isto) e existe uma criação com configuração diferenciada que está apta a descumprir ainda mais regras para salvar o mundo que está em decadência.

Você é o Pinóquio – e mentir não cresce seu nariz em Lies of P

Você está na cidade de Krat, que se encontra devastada após algo corromper os títeres, que foram criados por Gepeto para auxiliar os humanos nas mais diversas tarefas (lembra dos robôs do filme que citei anteriormente?) e fazer com que as criações quebrassem o Grande Pacto (lembra das Leis de Asimov que também são utilizadas em “Eu, Robô”?).
Assumimos então o controle de Pinóquio, a criação mais brilhante de Gepeto e que, diferente dos demais títeres, possui singularidades que lhe permitem quebrar algumas regras que as demais criações (mesmo rebeladas) não conseguem, como por exemplo: MENTIR.
A cada mentira, não é o seu nariz que cresce, mas sim o seu sistema e uma mensagem de que “suas molas estão sendo afetadas” aparecem a cada omissão da verdade e você ainda não sabe, mas cada mentira contada e que parece não alterar os rumos naquele momento, terá grandes impactos e mudará destinos de quests no game adiante, por isso é necessário avaliar se uma “mentirinha” vale a pena.

Visuais de tirar o folego

Lies of P se destaca pelos visuais e cenários de Krat, que como um bom de praxe da maioria dos jogos no estilo, apresenta becos escuros, cenários destruídos e sempre aquele ar de tensão e suspense.
Pinóquio aqui tem um destaque: os detalhes aplicados ao protagonista do jogo são realmente incríveis, desde os semblantes no rosto até mesmo detalhes de suas roupas e armamentos. É notável o trabalho que a Round8 teve com a criação mais exuberante de Gepeto.

Os inimigos não apresentam o mesmo cuidado detalhado, mesmo assim, não deixam de ser impressionantes e entendam os inimigos como aqueles que encontramos durante a exploração, porque quando mudamos o foco e passamos a falar sobre os “chefões” estes possuem visuais e tamanhos imponentes (Do tamanho das dificuldades que muitos deles apresentam)

A minha primeira vez foi uma experiência difícil de descrever em poucas palavras! Lies of P surpreendeu – e muito.

Dito tudo isto, a minha experiência com o jogo foi um misto de emoções. Eu não sabia o que esperar, pois foi minha primeira experiência em um jogo no estilo Souslike e imaginei “será que vou passar mais raiva com Lies of P do que jogando Cuphead?” e meus temores se concretizaram, logo no primeiro “miniboss” eu já estava surtando, ainda tentando entender as mecânicas (um pouco mais lentas do que estou acostumado nos demais jogos), depois de algumas tentativas, consegui me ajustar e – quando pensei “agora vai” – o jogo trouxe novos desafios e isso se repetiu por várias e várias vezes.
Foi uma mescla de frustração, nervosismo (entenda aqui rage) e de satisfação quando conseguia passar por trechos que fiquei preso por muito tempo.
Talvez essa seja a principal sensação – e que faz com que esse estilo de jogo ganhe cada vez mais público e visibilidade, essa sensação de conquista, de superar grandes desafios.
Lies of P trouxe pra mim a sensação que eu tinha quando jogava Rei Leão no Super Nintendo, porém quando criança a frustração me atingia mesmo, eu largava e ia jogar bola, agora foi um pouco mais profundo mexendo com meu ego e orgulho, com a sensação de que “eu não desligo enquanto não passar isso aqui!”

Lies of P foi (na verdade ainda está sendo) uma experiência diferente, não estava mais acostumado a me colocar em desafios dessa forma em um jogo. Minha nota é 8/10 de um jogo memorável que de conto de fadas não tem nada e mentiria se dissesse que achei ruim!

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