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Monster Hunter Wilds, a síntese de sucessos passados

Monster Hunter Wilds é o mais novo jogo da Capcom, assim como o mais novo integrante da franquia Monster Hunter. A obra consegue fazer o que todos os fãs esperavam do mais novo jogo, utilizar tudo de bom que foi aprendido até aqui com os jogos anteriores. Tudo que deu certo até agora foi utilizado em Wilds e tudo que não funcionou foi descartado. Monster Hunter Wilds é a síntese de sucessos passados.

A obra propõe um RPG com mecânicas específicas que tornam o jogo um gênero específico em si. Pois, caçar monstros gigantes em grupo, quebrando suas partes para construir novas armas e armaduras propôs algo inédito na história dos jogos. Este novo jogo da franquia entende os problemas que seus antecessores possuíam, os corrige e prepara algo que se aproxima do ideal para esta experiência. Monster Hunter Wilds é um trabalho de lapidação e o objeto final ficou surpreendentemente bonito e polido.

Em relação à história, Monster Hunter Wilds apresenta um novo pedaço do continente até então desconhecido. As Terras Proibidas são reveladas, o que se sabia dela até então, era que ela se encontrava desabitada. Porém, este não era o caso, havia diferentes civilizações que ali habitavam e coexistiam com os monstros daquela região. Um novo cenário é exposto junto à história de um jovem garoto, Nata, ele se encontra perdido de sua tribo desde que foram atacados por um monstro lendário, o Espectro Branco. A jornada para encontrar a vila do garoto é árdua e revela segredos ancestrais que apresentam monstros em uma forma nova, até agora nunca vistos. A história não é espetacular, mas é embasada o suficiente para dar sentido a toda a jogabilidade apresentada. Ela não se destaca, mas também não deixa a desejar.

No que diz respeito às mudanças, as mais impactantes foram: a adição da possibilidade de utilizar duas armas, os NPCs para o sistema SOS e Seikret com função de movimentação automática até os monstros. As duas armas oferecem mais dinamicidade as possíveis builds que o jogador escolhe utilizar, agora é possível fazer qualquer combinação desejada entre as 14 armas, inclusive tendo duas armas do mesmo tipo. Logo, builds de curto e longa alcance, dano e tanque, suporte e dano, etc, são possíveis de serem integradas no combate. As possibilidades são diversas, o ponto é que pelo fato de elas existirem, os jogadores conseguem se adaptar melhor ao monstro que está sendo enfrentado. Ainda em relação às armas, o seu funcionamento está melhor, os movimentos estão mais fluídos e os combos mais coerentes. A coerência está relacionada a sua complexidade versus o dano causado.

Ainda sobre as mudanças, o sistema SOS com NPCs tornou a longevidade da obra muito maior. Agora, caso futuramente o número de jogadores ativos caia, os jogadores remanescentes não ficarão dependentes de horários para encontrar grupos para certas caçadas. Sempre haverá ajuda, caso seja acionada, para os jogadores que desejarem. Por último, o sistema de investigação, que se baseava em encontrar pistas dos monstros, foi modificado para uma montaria com função de piloto automático direto para o monstro, isto acabou com uma das mecânicas mais indesejadas do jogo e deu foco para o que realmente importa: a caça aos monstros.

Um ponto importante que precisa de cuidado no novo Monster Hunter é o end game do jogo. Atualmente a campanha se estende até o end game, onde o foco é aumentar o nível de caçador e caçar novamente os monstros disponíveis, mas desta vez com eles mais fortes. Equipamentos de alto nível são liberados e poucos novos monstros são adicionados. O end game repetitivo é novamente introduzido da mesma forma como foi nos títulos antecessores, a diferença é o pouquíssimo conteúdo adicionado. É preciso algo mais robusto para este momento final do jogo, novos monstros e atividades são necessários, o que o jogo possui agora é mais do mesmo, sem ser necessariamente ser algo inovador. Esperar uma DLC para resolver isso não faz sentido, até porque esta, se houver, está a alguns anos de distância. Parte destes problemas deve ser resolvido com atualizações pontuais e recorrentes, afinal um jogo com esta proposta precisa se manter ativo.

No que diz respeito ao desempenho, o jogo exige bem mais da CPU do que da GPU no PC. A otimização não é algo que possa ser elogiada, afinal o trabalho é regular, nada de espetacular. Os bugs são praticamente inexistentes, o trabalho da Capcom foi muito bom nesse sentido, porém o balanceamento é um problema recorrente. Algumas armas e estratégias estão muito acima do tom em desempenho se comparada a outras. A complexidade e masterização de algumas armas entrega menos do que a simplicidade de outras, algo definitivamente não ideal para esta proposta.

Concluindo, Monster Hunter Wilds é o que os fãs sempre pediram, um Monster Hunter que possui todas as características clássicas com melhorias pontuais. Os problemas dos antecessores foram solucionados de forma exemplar e o que havia de bom ganhou nova roupagem neste novo capítulo da história do jogo. O jogo é a definitiva evolução de uma franquia, parece que o ponto ideal foi atingido. Pensar que ainda pode-se melhorar o que está exposto é difícil, mas há uma confiança nos desenvolvedores da Capcom para entregar uma experiência cada vez melhor. Por isso o futuro da franquia parece ser brilhante, as rotas foram corrigidas, a comunidade ouvida e uma obra incrível nasceu.

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