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Mute nos jogos – salvando ou estragando sua ranked?

Mute – ou mutar – é o ato de silenciar companheiros de time em um jogo online, seja em chat por voz, texto ou sinalizações in-game, como emotes. A função funciona quase exclusivamente para evitar ler ou interagir com jogadores tóxicos ou para evitar spamming durante momentos de concentração. Mais comumente presentes nos jogos competitivos, o mute contrasta diretamente com a funcionalidade do chat e, principalmente, do chat de voz! Conheça hoje algumas das opiniões de jogadores casuais e profissionais a respeito da função e como reagem às mais diferentes situações dentro de jogo!

O rage e o mute, qual a relação?

Mute

Como os jogos competitivos tendem a gerar atritos e situações de alto estresse para os jogadores é comum que faíscas surjam durante as partidas. Seja “em time fechado” ou “autofill” (quando os jogadores do time são escolhidos pelo sistema), diferenças de ideias ou irritações por conta do desempenho do time são extremamente comuns e nem sempre os players sabem como lidar com isso. Quando há agressividade ou emoções exacerbadas colocadas de forma incisiva demais acontece o chamado rage, do inglês raiva/fúria/ira, que nunca gera bons frutos para o bem-estar do time. 

Para esta matéria, a equipe de redação realizou entrevistas com diversos jogadores dos mais variados e-sports para saber a opinião da comunidade com relação ao tema! Além disso, o psicólogo do esporte Leonardo Gebran também contribuiu para a construção de um conteúdo completo.

Para a comunidade o importante dentro da comunicação do time, quando há alguém praticando o rage é o simples e prático mute. Sem grande distinção entre os gêneros de jogos (FPS, MOBA, Battle Royale) a resposta é quase unânime: mute sem dó!

Leonardo explica que o ato do rage, apesar de extremamente negativo, é comum que aconteça tanto para jogadores casuais, quanto para profissionais “o rage nada mais é que a expressão exacerbada da frustração dentro do jogo” – comenta. O psicólogo ainda complementa que muito disso acontece por conta do anonimato provido pela internet e as telas de computadores/celulares/videogames, que possibilitam ao/à agressor(a) assumir qualquer identidade e agredir outros de forma quase impune. Cabe à vítima acessar os canais oficiais e procurar pelo suporte para uma punição mais severa, o que leva ao próximo assunto que é:

Resolvendo casos de rage, apenas mutar adianta?

Para o jogador casual, não! Aquelas pessoas que jogam diariamente têm plena consciência da inviabilidade do silêncio perante atos agressivos in-game. Resultado disso é um aumento no nível de preocupação geral e movimento da legislação para tentar amenizar os problemas causados. 

O criador de conteúdo digital e bacharel em direito Matheus “Krulmom” Reis conta no vídeo abaixo um pouco mais sobre a Lei 14811/24 que inovou o código penal e trouxe o cyberbullying como crime! Confira:

@krulmom

A #Lei14811 veio pra proteger a comunidade #gamer e as pessoas em geral do #bullying e #cyberbullying é nesse vídeo eu explico tudo que você precisa entender sobre essa lei. Trago uma visão gamer de um streamer e criador de conteúdo formado em Direito e atuante na área. Mostrando tanto o lado do gamer quanto o lado do jurídico. Seu compartilhamento pode ajudar meu canal e a comunidade gamer! Vídeo mais detalhado no YouTube: https://youtu.be/Vi4VUr5dwzY?si=5BLJXbOBDP5-VnHK #gamer #direito #lei #leidobullying #krulmom #gamerdesc

♬ som original – Krulmom

Durante as entrevistas a maioria dos jogadores casuais concorda com a restrição de chat para aqueles que passam do limite, no entanto, os jogadores também concordam que a situação in-game só piora caso os jogadores tóxicos sejam mutados, já que elimina uma das partes mais importantes do jogo em equipe: a comunicação. Para Edson “Shaka” Batista – que tem como jogos preferidos os FPS e MOBA, os jogos precisam sim do máximo de comunicação possível e, por isso, evita o mute ao máximo. Contudo, completa que caso seja necessário usar, a função cumpre bem o papel de acalmar os ânimos e deixar o jogo menos cansativo. Shaka ainda completa que concorda com a punição para players abusivos: “bans por má conduta buscam corrigir comportamentos inadequados, incentivando a reflexão do jogador. Embora nem sempre eficazes, eles podem ser aprimorados, com punições mais severas após a primeira ocorrência. Acredito que em algum momento a conta da pessoa que não está disposta a mudar seja banida”.

Sobre o mute e as punições, o psicólogo Leonardo explica que – assim como fora dos games – existem pessoas que preferem não denunciar ou têm medo de sofrer retaliação e, por isso, às vezes os casos de agressividade passam batidos. No entanto, este é mais um motivo para que a função mute esteja sempre disponível: desvencilhar-se de casos agressivos que nada têm a adicionar à gameplay é um dos papéis mais importantes e “libertadores” – já que evita quaisquer desconfortos desnecessários durante as partidas casuais.

Por outro lado, a conversa do high elo é diferente

Todavia, do lado do alto nível a história é outra. O mute do time pode resultar em uma perda de rendimento significativa no time. Desconsiderando os jogos profissionais em “times fechados”, o assunto agora cai nas Solo Queue do mais alto nível. Ex-jogador profissional de CS:GO e agora IGL e capitão do time de Valorant da Azure Bears, Mateus “Kick” Gruntowski, conta que o time que não dispõe de comunicação por voz (no caso do Valorant) ou opta por não comunicar de qualquer forma (seja chat escrito ou não) a perda é muito grande. Kick conta que “apesar dos problemas em decorrência do anonimato nos jogos online, acredito que, em maioria, a comunicação por voz ainda cumpre seu papel de facilitar o trabalho em equipe e, muitas vezes, por auxiliar na formação de amizades durante o jogo”. Contudo, também explica que – dependendo da situação – também prefere mutar um(a) jogador(a) que esteja 100% fora da conduta e apenas atrapalhando o jogo geral.

O mute no high elo implica em situações muito mais difíceis para resolução do que nas classificações mais baixas. A punição de perda de chat também figura um processo complicado já que a pessoa não poderá participar da comunicação em qualquer partida, afetando o desempenho não só do primeiro time a denunciar um comportamento antidesportivo, mas também das equipes seguintes. Em casos de SoloQ a sugestão mais recorrente dentre os entrevistados é a de banimento em tempo de acesso para a conta do/da jogador(a) em questão. Com tempos de afastamento escalonáveis, quem não se contenta em jogar de maneira educada acaba por perder a conta.

O que você, caro(a) leitor(a) acha do mute? Costuma utilizar muito no seu dia a dia para jogar? Prefere lidar com os problemas de seus teammates e chegar a uma resolução ou o famoso /mute all é mais seu estilo? Conte para nós nos comentários!

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