Os soulslikes dominaram o combate nos games desde que Dark Souls virou referência. Títulos como Bloodborne, Sekiro: Shadows Die Twice, Nioh, The Surge e Elden Ring seguiram o rastro sombrio deixado por Lordran e companhia, consolidando um gênero conhecido pela dificuldade brutal, pelo combate cadenciado e pelos mundos densos. Mas a Capcom? Ela decidiu remar na direção contrária. Onimusha: Way of the Sword, o novo título da clássica franquia, chega com uma proposta bem diferente.
Tem cheiro de CD do PS2, mas roda no SSD
Lembra daquela energia dos jogos de ação do PS2, com combates rápidos, cenários sombrios e samurais cheios de atitude? Pois Onimusha: Way of the Sword promete exatamente isso. Não é uma reinvenção da roda, mas sim um retorno afiado às raízes da franquia, agora com gráficos de nova geração, animações modernas e uma sensibilidade mais cinematográfica. Segundo o diretor Satoru Nihei, o novo Onimusha não vai seguir a linha dos jogos de mundo aberto ou do estilo “morra e tente de novo” que consagrou os títulos da FromSoftware. Em entrevista ao Automaton Media, ele foi direto:
“Way of the Sword não é mundo aberto, e também não é punitivo como os Souls. Queremos que até quem não se dá muito bem com jogos de ação consiga curtir. Nosso foco foi mostrar o impacto real do choque entre espadas.”
Ou seja: nada de ficar perdido em mapa gigantesco ou ser punido a cada deslize. A proposta é mais direta, com história linear e combate intenso, algo que lembra bastante os últimos títulos da franquia God of War.
Como o novo Issen muda o jogo
O Break Issen é o novo destaque no combate de Way of the Sword. Funciona assim: aparou o golpe no momento certo, contra-atacou com força total.
Inimigo pequeno? Vai pro chão de primeira.
Inimigo grande? Dá pra cortar partes específicas e enfraquecer o bicho na katana mesmo.
Essa mecânica é uma evolução direta do Issen, movimento já conhecido pelos fãs da série. Nos jogos anteriores, ele permitia derrotar inimigos com um único ataque, desde que o golpe fosse aplicado no timing exato do ataque adversário.
Agora, o sistema ganhou novas camadas:
- Continua permitindo abates instantâneos em inimigos menores
- Adiciona dano localizado contra adversários maiores
- Eleva o impacto visual e estratégico das lutas
E claro, a clássica Oni Gauntlet também está de volta. Ela segue indispensável nas batalhas, com a habilidade de absorver almas dos inimigos derrotados, um dos elementos mais marcantes da série desde sempre.
“Eliminar inimigos mais fracos com o Issen tradicional é parte da identidade da série,” explica o diretor Satoru Nihei.
“Decidimos manter também todas as ações ligadas à manopla Oni. Absorver almas é importante demais para ficar de fora.”
Musashi e a estética do cinema clássico japonês
Outro detalhe que mostra o capricho da Capcom está na escolha do rosto do protagonista. Musashi Miyamoto foi modelado com base no ator Toshiro Mifune, lendário no cinema japonês. Segundo Nihei, a equipe passou dois anos para garantir os direitos de imagem do ator.
“Assistimos a muitos filmes antigos em busca de um samurai jovem, sujo de sangue e lama, que lutasse com intensidade”, disse Nihei. “Quando pensei em o que torna um samurai realmente marcante, Mifune veio direto à mente.”
O produtor Akihito Kadowaki completou:
“Já existem muitas versões de Musashi por aí. Por isso, criamos um personagem totalmente novo, mas com a imagem de Mifune como base. Dedicamos atenção total aos detalhes — e acreditamos que ele se tornou um protagonista de peso para a série.”
Lançamento e plataformas
Onimusha: Way of the Sword está previsto para 2026. O jogo será lançado para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S.
E você, já encarou os clássicos da franquia ou se aventurou na versão remasterizada? Fique ligado aqui na Black&Co para não perder nenhuma novidade do universo dos games. Quando tem espada, alma e muita ação, a gente não perde um lance.
