Kyoto, Japão. Sala de reuniões da Nintendo. O pessoal chega para a reunião sobre o novo jogo do Donkey Kong e foram apresentadas algumas ideias; um diria que era pra dar sequência ao Tropical Freeze, mantendo a ideia de um jogo de plataforma em 2D, outro diria que para fazer algo próximo de um Donkey Konga e fazer novos bongôs e vender mais um acessório para os nintendistas.
Mas talvez o gênio por traz disso tenha sido exatamente a pessoa que teve a ideia mais estapafúrdia de legal do mundo e disse: “Que tal se pegarmos a ambientação maravilhosa que fizemos em The Legend of Zelda: Breath of the Wild, com o mundo colorido e cheio de colecionáveis que foi Super Mario Odyssey e colocasse o Donkey Kong pra explorar tudo e… destruir?”
E é exatamente isso que se trata Donkey Kong Bananza; vários mapas, com várias camadas de descobrimento e diversão em destruir tudo! É praticamente impossível você andar em linha reta nesse jogo. Sempre tem alguma coisa que vai te distrair do caminho e fazer você quebrar mais um punhado de pedras para coletar as gemas douradas, rodelas de banana e as várias bananas de cristal que funcionam do mesmo jeito que as luas em Super Mario Odyssey.

Fala-se sobre o último jogo do Mario pois foi o mesmo time que fez esse jogo, desenvolveu esse masterpiece que vemos em forma de Donkey Kong Bananza, e não poderia ter acertado mais. O novo jogo do gorilão da Nintendo é simplesmente o lançamento com aquele pé direito certeiro, que realmente mostra à que veio o novo console da Big N, e que mostra a sua real capacidade técnica; cada detalhe, cada efeito e cada fase mostra que os diretores Wataru Tanaka e Kazuya Takahashi e o produtor Kenta Motokura trataram esse jogo como todo jogo da Nintendo deveria, com respeito e carinho.
A trilha sonora teve como compositor principal Naoto Kubo, que ao fazer novas músicas, dando muita ênfase em Pauline e suas canções, e rearranjos de músicas clássicas da série Donkey Kong, mas principalmente usando a trilha de David Wise como inspiração. É um show à parte nesse conjunto de maravilhas que é apresentada nesse jogo.
No quesito de jogabilidade e level design, Donkey Kong Bananza se utiliza de toda a expertise que a Nintendo arrecadou durante os anos para fazer algo mágico aqui. A movimentação do DK é fluida, suas ações são precisas e divertidas de executar e os cenários são um convite aberto à exploração. Existem segredos e tesouros a serem descobertos a cada canto e a forma como a exploração foi concebida fica muito fácil não deixar pra traz alguma coisa, mas é preciso cavucar (no caso, esmurrar rochas e cenários).
Donkey Kong Bananza ainda conta com um sistema de árvore de habilidades, que você vai desbloqueando conforme você coleta as bananas de cristal. Essa árvore de habilidades não é nada de muito complexo e é bem enxuto, o que cai muito bem com a proposta desse jogo. Além disso, DK e Pauline podem mudar de roupa, fazendo um verdadeiro Donkey Kong Fashion Week. Mas não se engane, as roupas não são apenas itens cosméticos, elas também concedem bônus e vantagens aos personagens, como ampliação do sonar e coleta maior de gemas douradas.

Sobre gráficos e desempenho, o jogo é lindo! Arrisco a dizer que é o jogo mais lindo que a Nintendo tenha produzido em décadas. No modo portátil o jogo roda em 1080p e 60fps, com algumas quedas de frame aqui e ali, mas nada que estrague a sua jornada e facilmente corrigido com um patch futuro. No modo dock, o jogo roda com escalonamento de até 2160p também à 60fps, podendo perder um pouco de frame rate em determinados momentos de maior estresse em tela. No geral, tanto no modo portátil quando no modo dock você vai ter uma experiência similar. Assista aqui a live que fizemos no lançamento do jogo:
Resumo da obra: Donkey Kong Bananza chegou com tudo, mostrando que a nova geração de consoles da Nintendo está bem poderosa e pronta para receber grandes jogos de alta performance. Mas no fundo, o que todo o consumidor da Nintendo quer é um jogo divertido, e isso a Big N consegue entregar. Se Donkey Kong Bananza é isso tudo, fico imaginando o que será quando Metroid Prime 4: Beyond e Pokémon Legends: Z-A forem lançados.
Cópia de review concedido gentilmente pela Nuuvem, nossa incrível parceira!
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