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Skull and Bones: No limite entre o Rei dos Piratas e um navio à deriva

Depois de muitos adiamentos, idas e voltas, finalmente Skull and Bones içou velas e já está disponível no PC, Xbox Series X/S e PlayStation 5. O jogo de piratas da Ubisoft (que gentilmente nos concedeu o game em sua versão para PC), possui excelentes premissas, um mapa bem amplo (Como tem sido padrão da maioria dos jogos da produtora) e bastante coisas a serem coletadas, porém derrapa em alguns pontos e que podem fazer com que esse enorme navio pirata acabe ficando à deriva.

Seria Skull and Bones um jogo AAAA?

O CEO da Ubisoft, Yves Guillemot em uma de suas declarações, classificou o jogo de piratas como sendo um AAAA (normalmente, os grandes jogos e franquias são classificados como AAA) para justificar o valor cobrado por Skull and Bones e claro que isso levantou muitas discussões.
O jogo entrega dinâmicas muito interessantes, principalmente no que diz respeito aos combates e exploração no mar (e não poderíamos esperar menos, sendo um jogo de piratas), porém peca muito em certos pontos gráficos e “bugs”, o que faz com que a declaração do CEO seja exagerada e uma justificativa forçada para o valor elevado de um jogo como serviço.

Uma perna de pau na gameplay e a tentativa de encontrar um tesouro no multiplayer.

Nada melhor para aprender do que ser lançado e aprender a nadar com os tubarões não é mesmo? (Shion, Rodrigo – Coach), Skull and Bones usa quase que literalmente disso. O jogo inicia no meio do mar, sem muitas explicações, apenas que você deve atirar nos demais navios que vão surgindo, e surgindo, e surgindo até que você não tenha como dar conta e naufrague. Criamos nosso personagem (e confesso que esperava mais opções de personalização aqui) e daqui por diante é cada um por si e Barba Negra por todos nós.
O jogo não possui um enredo, nem uma história a ser seguida, seu objetivo é explorar, cumprir missões e contratos e subir seu nível como pirata e aqui encontramos um furo nesse barco.
A falta de uma história “central” pode fazer com que muitos jogadores se dispersem e, junto a outros fatores como linha de aprendizado e alguns bugs, façam com que estes acabem desistindo do jogo. Outro fator que incomoda (um pouco menos) é a pouca variedade de exploração em terra e as missões muitas vezes monótonas ou repetitivas.
O grande chamariz aqui vem na questão do multiplayer: explorar os mares na companhia de piratas amigos torna a missão menos árdua e mais divertida. Interagir com outros jogadores também muda a dinâmica da gameplay e aqui é onde o jogo se sobressai e pode ser o tesouro escondido que a Ubisoft estava buscando. Porém, como já comentado, o mapa desse tesouro custa caro (Skull and Bones veio com valor de US$70,00, na faixa de R$ 300,00 a R$ 350,00 em sua edição standard por aqui)

Talvez se usarmos um tapa olho

Já vimos jogos de exploração marítima realmente impressionantes, inclusive da própria Ubisoft na franquia Assassin’s Creed (Black Flag e Odyssey), mas Skull and Bones consegue elevar o nível de detalhamentos em alto mar.A navegação, apesar de complexa no início, se torna prazerosa ao entender seu funcionamento e as batalhas são visualmente incríveis. as dublagens (e aqui cito especificamente a localização PT-BR), muito bem feita e diferenciando nacionalidades por seus sotaques, mesmo que todos estejam “falando português”). Gostaria também de exaltar a valorização que a Ubisoft dá, não somente em Skull and Bones, mas em praticamente todos os seus jogos para o público brasileiro, investindo na localização dos games  com qualidade.
Queria poder elogiar ainda mais o jogo, porém para um título que foi classificado pelo CEO da desenvolvedora como um AAAA, Skull and Bones fica devendo muito em aspectos gráficos. O primeiro ponto que me incomodou foram as poucas opções de personalização do personagem principal, depois alguns NPCs que parecem terem sido feitos extremamente caricatos e outros que apresentam bugs em expressões e falas.

A movimentação do personagem em terra muitas vezes é travada, o que torna ações simples um pequeno desafio a ser superado e a falta de explicações em muitos pontos como customizações e até mesmo na exploração, fazem com que o game fique restrito a jogadores mais “hardcore”, aspectos que somente um tapa-olho de pirata pode disfarçar.

Skull and Bones: Navegando em águas perigosas

O veredito é que Skull and Bones navega em águas perigosas, tendo uma oportunidade de criar uma comunidade engajada, que através da proposta multiplayer pode ser uma mina de ouro mantendo conteúdos atualizados e deixando clara essa proposta. Seu valor elevado no lançamento e a elevada expectativa sobre o game que levou 10 anos em seu desenvolvimento e vários adiamentos, podem fazer com que o “hype” passe rápido demais, deixando esta enorme embarcação à deriva.
Resolver as falhas que o jogo tem apresentado e rever a questão dos valores (quem sabe reduzir o valor do jogo base e realmente estimular os jogadores a adquirir Passes e serviços In-Game sejam pontos necessários para que os bons ventos fluam nas velas de Skull and Bones.

Nota: 7/10

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