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A Cor Púrpura

Uma abordagem ousada do amado clássico. É com essas palavras que os produtores de A Cor Púrpura se referem a nova versão que chega hoje (08) aos cinemas de todo país.

O amado clássico é claro, é a versão de 1985, dirigida por Steven Spielberg e indicada a 11 estatuetas no Oscar, e que saiu da cerimônia de mãos vazias – uma das maiores injustiça do prêmio.

Nessa nova adaptação, agora musical – como foi num passado recente nos palcos da Broadway, A Cor Púrpura é uma história comovente que deve encantar, principalmente a nova geração.

Divulgação

Com números musicas belíssimos e um elenco afiado, o longa dirigido por Blitz Bazawule tem seus momentos. As canções são o ponto forte. Você se empolga com elas, sente cada palavra cantada. Um trilha digna dos melhores do gênero.

Mais nem tudo são flores no filme. O tom religioso, a não valorização da luz nos atores negros, o tempo acelerado com que a história é conduzida, diminuem a verdadeira mensagem do filme.

Pra quem vai ver um grande show, o novo A Cor Púrpura é um espetáculo. Com um elenco de voz de peso, destacam-se Fantasia Barrino, Taraji P. Henson, Halle Bailey, Phylicia Pearl Mpasi e Danielle Brooks – essa última indicada ao Oscar de Melhor Atriz-Coadjuvante.

Baseado no livro de Alice Walker, vencedora do prêmio Pulitzer, A Cor Púrpura de 2023 não consegue se apropriar dos assuntos mais relevantes que a obra pede. Nem mesmo Oprah Winfrey, Steven Spielberg e Quincy Jones conseguiram brilhar como fizeram no passado. Nota: 3.5/5.0

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