Envolvente. Esta é a palavra que define a obra de Gustavo Girardi e Gustavo Tezelli – “Crônicas dos Senhores de Castelo”.

O enredo nos transporta ao “Multiverso”, um local onde o aqui e o acolá se misturam na imaginação dos leitores, envolvendo-os em um ambiente de aventura, segredos, intriga, mistérios e poesia.

A narrativa leva o leitor a mergulhar em um mundo mágico, a se encantar a cada página com novos e inesperados personagens que habitam o este universo imaginário.

Em um verdadeiro caldeirão de ideias, misturando a magia com a tecnologia, o “Multiverso” criado pelos autores nos remete aos melhores elementos dos mundos mágicos e fictícios das obras de J.R.R. Tolkien, J. K. Rowling, George R. R. Martin, e universos futuristas de Star Wars, Blade Runner, Star Treck, entre outros.

Com o objetivo de garantir a paz e o equilíbrio entre os diversos “mundos paralelos”, um grupo de nobres combatentes, chamados Senhores de Castelo, lutam incansavelmente pela harmonia e a prosperidade para todos os povos dos planetas conhecidos.  

Em seus quatro volumes, os autores nos apresentam as aventuras dos “castelares” nas figuras de Kullat, um bem humorado manipulador de energias, e Thagir, um combatente pistoleiro que, juntos com outros personagens e companheiros, percorrem o Multiverso a fim de descobrir o “Poder Verdadeiro”, o “Efeito Manticore”, a “Maré Vermelha” e “Renúncia” (nomes das narrativas).

Personagens sólidos, cenas fortes, conflitos envolvendo valores familiares, ação e romance a moda antiga, são alguns dos elementos que aguardam os leitores ao virar cada página, o que demonstra a maturidade literária desenvolvida pelos autores nestes mais de uma década de aventuras.

Logo no início do primeiro volume, os autores fazem a imaginação do leitor alçar voo ao descrever cenas de outrora remetendo aos melhores contos medievais ao narrarem que “a música envolvia todo o ambiente. Bandolins, instrumentos de percussão e flautas de osso criavam melodias dançantes sobre como viver bem a vida[1]”.

Em outra passagem, ainda do primeiro volume denominado “O Poder Verdadeiro”, vemos elementos futuristas e de tecnologia como quando Kullat vê pela primeira vez o autômato Azio, ao aduzir que “a terceira figura tinha corpo humanoide, porém a pele era de uma espécie de metal dourado. Os olhos eram duas pedras redondas e vermelhas. O rosto era ovalado, com orifícios no lugar da boca[2]”.  

A personalidade dos protagonistas começa a ser desenhada durante a narrativa sendo plenamente desenvolvida ao longo dos quatro livros, deixando claro que mesmo com distintos pontos de vista, a amizade entre eles superava qualquer adversidade, como quando Kullat diz que “conhecia o amigo o suficiente para saber que suas crenças eram diferentes e que sua nação de fé não envolvia seres como deuses. Apesar de terem crenças diferentes, isso jamais causou discórdia, pois no fim acreditavam em si mesmo e confiavam um no outro, a ponto de arriscarem a própria vida por essa amizade”[3].  

Assim, em meio a artefatos enigmáticos, raças biomecânicas, armas mágicas e muitas outras surpresas, em “Crônicas dos Senhores de Castelo” o destino do “Multiverso” está nas mãos dos leitores, os quais, certamente, devorarão os livros do começo ao fim, esperando pelas próximas aventuras.

Consolidado depois de mais de 10 anos, inicie sua jornada, abra as páginas de “O Poder Verdadeiro – Livro 01” e conheça as “Crônicas dos Senhores de Castelo”, permita que o novo e inexplorado Multiverso entre no âmago do seu ser. 

[1] G. Brasman & G. Norris. Crônicas dos Senhores de Castelo. Livro 1. O Poder Verdadeiro. Editora Verus, Campinas, 2010, p.15.

[2] G. Brasman & G. Norris. Crônicas dos Senhores de Castelo. Livro 1. O Poder Verdadeiro. Editora Verus, Campinas, 2010, p. 19.

[3]G. Brasman & G. Norris. Crônicas dos Senhores de Castelo. Livro 1. O Poder Verdadeiro. Editora Verus, Campinas, 2010, p.134.

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