Após uma pausa desde 2022, Dayane Rizzo voltou ao cenário literário em 2025 com o lançamento de “A história (talvez fatal) de como o coelho se apaixonou pelo urso: edição especial volumes 1 e 2“. A novidade chegou com um evento promocional de sete dias, entre 11 e 17 de abril, oferecendo 50% de desconto na Amazon. Embora o lançamento já tenha acontecido, nunca é tarde para descobrir autores independentes que merecem ser lidos.

Este livro marca várias estreias para Dayane: é sua primeira vez escrevendo em terceira pessoa, narrando um romance gay e tendo um protagonista homem. Sua principal inspiração foi a série da HBO Euphoria. E sim, a história traz lágrimas, muitas lágrimas.

A ideia para a história surgiu de forma inusitada, a partir de um reel no Instagram: uma garota conta que, ao tirar roupa do varal na janela do apartamento, uma calcinha caiu na janela do vizinho de baixo. A autora primeiro escreveu uma versão fanfic, que depois evoluiu para a trama original.

Sinopse do livro

O destino guarda surpresas para Yejun, que está prestes a iniciar sua vida universitária em Seul. Tudo começa quando, por acaso, ele conhece Sehun, um músico desmotivado. Seria o início de um romance, se Yejun não carregasse uma ansiedade crescente e Sehun não estivesse imerso em traumas difíceis de apagar. Prepare-se para uma história, talvez, fatal.

Com slow burn, amor à primeira vista e uma família de amigos, o livro mistura doçura, dor e encontros transformadores. O eBook está disponível gratuitamente no Kindle Unlimited e pode ser adquirido na Amazon por R$19,90.

A trajetória de uma autora

“Quando me pedem para me apresentar, além do nome e da idade, penso logo no meu amor por literatura.” Assim começa o relato de Dayane sobre seu caminho até a escrita.

Livros sempre a fascinaram, mesmo antes da alfabetização. Em uma casa sem leitores, ela se tornou “a menina que só pensa em livros”. A escrita apareceu naturalmente, surgindo primeiro nos quadrinhos que criava ainda no ensino fundamental. As redações e tarefas de Português eram seu refúgio, embora todos ao redor imaginassem que seu futuro estava nas exatas.

Boa em matemática e física, seguiu o caminho lógico: ingressou em Engenharia em 2016. Mas não durou dois semestres. “O mundo das exatas era cruel demais para alguém sensível como eu”, confessa. A alma de artista, até então silenciada, começou a se manifestar com força.

Após um ano longe da vida acadêmica, ela reencontrou seu propósito. Em 2018, iniciou a graduação em Letras. “Foi a melhor decisão da minha vida. Escrever não é só algo que gosto, é o que me mantém viva. Sem isso, eu seria um zumbi.”

No mercado editorial, ela reconhece os desafios. Viver da escrita seria ótimo, mas não é seu objetivo principal. “Escrever me mantém sã. Vender livros seria uma consequência feliz. Mas mesmo que ninguém compre, nunca vou parar.”

Criar sempre foi seu talento mais sólido. Com um raciocínio rápido e uma imaginação fértil, ela encontra inspiração em tudo, até no acaso. Mas faz questão de frisar que escrever não é só dom: “Existe uma facilidade, sim, mas sem prática e estudo, não se vai longe. E agradar uma graduada em Letras não é tarefa fácil. Que cilada eu me meti.”

E aí, você já conhecia esse livro ou talvez alguma outra obra da autora, como Matrioska ou Kadupul? Se ainda não, espero que tenha curtido essa recomendação especial. Quem sabe em breve não role uma resenha exclusiva por aqui, hein?

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