O terror japonês tem um novo nome para assombrar os leitores: PTSD Radio. Criado por Masaaki Nakayama, o mangá é uma das obras mais inquietantes da atual geração do horror, explorando os limites entre trauma, memória e loucura com uma abordagem fragmentada, perturbadora e atmosférica.
Publicado originalmente no Japão entre 2012 e 2016, PTSD Radio é uma experiência sensorial e psicológica única!
O som que vem do rádio
Em vez de seguir uma narrativa linear, PTSD Radio se apresenta como uma transmissão amaldiçoada. Cada capítulo funciona como uma “frequência” de rádio sintonizada em histórias diferentes, mas todas conectadas por uma presença obscura e pela figura sinistra de uma entidade ligada ao cabelo humano, elemento recorrente no folclore japonês.
A cada página, o leitor mergulha em relatos de trauma, obsessão, morte e loucura, transmitidos como se o horror fosse irradiado diretamente no subconsciente. O formato experimental e a estética desconexa criam uma sensação de desconforto constante como se algo estivesse errado, mesmo quando nada explícito é mostrado.

O trauma como entidade viva
Masaaki Nakayama, conhecido por sua capacidade de transformar o psicológico em físico, faz de PTSD Radio uma metáfora sobre como o trauma nunca desaparece, apenas muda de forma. O mangá não busca sustos baratos; em vez disso, ele se infiltra lentamente na mente do leitor, revelando medos íntimos e universais.
As histórias vão desde acidentes inexplicáveis e casas amaldiçoadas até aparições que desafiam o tempo e a realidade. Tudo parece conectado, mas a compreensão total só vem com o desconforto e o desconforto é inevitável.
Um novo clássico do horror japonês
Com arte detalhada, uso de sombras e uma narrativa que brinca com a percepção, PTSD Radio já é considerado um marco do horror contemporâneo no Japão. Suas páginas exalam paranoia, desespero e a sensação de que o terror não está apenas nos fantasmas, mas nas próprias cicatrizes da mente humana.
Se você é fã de Tomie, Fragmentos do Horror ou Gyo, prepare-se: PTSD Radio é grotesco, tão psicológico quanto sobrenatural. Ele desafia o leitor a ouvir o que o rádio transmite e a tentar não enlouquecer com o que vem junto com o sinal.
Um mangá para ser lido com o coração acelerado e as luzes acesas!