NewV fala sobre inspirações e nova EP em entrevista

Victor dos Santos Angelon, conhecido por seu nome artístico NewV, é um músico de Itatiba (SP) que já transitou por diversos gêneros, incluindo trap, pop e reggaeton. Começou a fazer as músicas despretensiosamente, até o momento que começou a se interessar em ir além. Seu primeiro álbum foi Planeta V, publicado em 2021. Com 23 lançamentos, incluindo álbuns, EPs e singles, sua última publicação foi “O Club”, que saiu no dia 29 de setembro, com 5 músicas inéditas. NewV deu uma entrevista exclusiva para a Black, falando um pouco mais de seu trabalho.

Capa de Lovee Season. NewV se insirou no J Balvin para fazer

Como foi que você desenvolveu seu interesse por música, tanto no sentido de escutar quanto de criar?

NewV: Quando eu era mais novo, sempre tive muito contato com a música, principalmente com rap, pop e trap. No final de 2021, um amigo meu me apresentou um programa de produção musical, e eu viciei em aprender sobre. A partir desse momento que eu entendi o que queria para o meu futuro.

Quais são as maiores vantagens e dificuldades em criar música de forma independente?

NewV: Creio que a principal dificuldade é a insegurança financeira e pouca divulgação. Fazer um trabalho com amor e não ser visto é meio frustrante. Na parte de vantagens é o fato de não ter uma demanda de produtora e fazer a arte por si, não para alguém em especifico, como empresas.

Como foi a criação de O Club?

NewV: O Club é um trabalho um pouco diferente, ele surfa na onda do trap, mas tem muito a ver com o pop. A ideia principal foi reunir um misto de sentimentos, tanto de tristeza quanto felicidade e jogar em músicas que tocariam numa casa de show. Para esse EP, eu quis dar uma inovada, então fiz um estilo mais próprio do que inspirado em outros artistas.

Você já transitou por vários gêneros nas suas músicas. Quando você decide que é a hora de ir para um novo, e tem algum preferido?

NewV: Normalmente gosto muito de explorar novos caminhos, tanto sem fama ou menos visíveis, até gêneros já consolidados. Normalmente decido explorar outros estilos musicais quando escuto ou conheço algo que eu goste. Recentemente meus estilos favoritos são reggaeton e trap.

Qual é seu processo criativo para desenvolver uma nova música? Como você conecta a letra com o som?

NewV: Meu processo criativo de melodia começa na escolha de timbres e tons no beat, após uma seleção ouço várias vezes até entender o que ele pode oferecer. Já o processo criativo das letras às vezes funcionam de maneira diferente, com elas apenas surgindo do nada. Para conectar a letra ao som é uma questão de entender a vibe.

Quais são suas maiores referências de artistas?

NewV: Me inspiro muito em artistas de fora como Travis Scott, Pop Smoke, Feid, Nate Dogg e Yong Thug. Já os brasileiros são Matuê, Kayblack e Yunk Vino.

O que você normalmente busca transmitir nas suas músicas?

NewV: Eu gosto muito de tentar transmitir ao mesmo tempo os sentimentos de rejeição e superação, além de felicidade e tristeza. Adoro mesclar sentimentos e o tempo passado.

O que você leva em consideração para decidir se irá publicar um álbum, ep ou single?

NewV: Normalmente antes de publicar qualquer música tento sentir se ela “bate”. Tento senti-la ao máximo, e se o sentimento for bom, elas entram na minha ideia para a publicação.

Você tem alguma música ou álbum favorito? Se sim, qual seria e por quais motivos?

NewV: É meio difícil decidir uma favorita em si, pois a maioria das músicas são como filhos e filhas para mim, porém há duas que ouço frequentemente: “O escuro” e “Tudo bem se eu pensar em você?”, ambas falam sobre o final de um relacionamento e em modos diferentes de lidar com a perda. Em “O escuro” é enfatizado a busca de tentar achar alguém similar, e em “Tudo bem se eu pensar em você?” reviver uma relação no próprio pensamento, mesmo após o final. Mas meu grande xodó é “Vermelho“, porque foi minha letra mais interessante com um beat marcante.