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Coreia e seus quatro poderes

A economia da Coreia do Sul é a quarta maior da Ásia e a décima primeira do mundo, mas nem sempre foi assim.

Na década de 1960, a política econômica afetou diretamente comerciantes e produtores agrícolas com a proibição de produtos importados. Dessa forma, o sistema financeiro se torna nacionalizado e planos quinquenais são adotados.

O governo toma muito pouco emprestado e o investimento estrangeiro não é incentivado. A reforma agrária levou à expropriação de grandes propriedades sem compensação e a terra foi dividida em pequenas parcelas.

No entanto, os agricultores eram legalmente obrigados a vender a sua produção a preços baixos, deixando-os na pobreza. A situação era tão grave na Coreia, que seu PIB batia U$100 em 1963.

Milagre do Rio Han e a Guerra da Coreia

A partir da situação em que a Guerra Fria se encaminhava, a Guerra da Coreia e a mudança de governo, os Estados Unidos além de ajudar o sul na guerra contra a Coreia do Norte, fez um apoio financeiro considerável, que desencadeou a criação do Chaebol.

Os líderes desse grupo atualmente são 10 empresas: Samsung, LG, Hyundai Motor Company, SK, Hyundai Heavy Industries, Lotte, Doosan, Hanhwa, e Kumho Asiana e Hanjin.

Essas empresas foram fundadas a partir do golpe de estado que ocorreu em 1961, onde o lider Park Chung-hee estimulou a economia e a fundação de empresas das principais produções nacionais.

Entrada da sede da samsung, localizado na Coreia.

A economia que antes girava em torno da agricultura foi substituída pelas indústrias de aço, eletrônicos, telecomunicação, construção naval e automóveis. Esse desenvolvimento fez com que a Coreia se tornasse parte dos Quatro Tigres Asiáticos.

O milagre Rio Han é o nome que se dá ao crescimento econômico da Coreia do Sul, que tirou o país da miséria e o colocou como uma das maiores potências em menos de meio século.

Jeong e o trabalho árduo

Enquanto empresas eram fundadas com o apoio financeiro dos Estados Unidos, o governo se reestruturou para garantir uma educação básica e gerar empregos e faculdades para mais de 80% da população, com intuito de melhorar os padrões de vida e mão de obra especializada em tecnologias.

A modernização e urbanização chegaram junto ao avanço da população, e a redemocratização concretizou o que se conhece hoje da Coreia. Um país rico e altamente desenvolvido, com uma das maiores economias do mundo.

Coreia do Sul vista de longe.
Imagem da Coreia do Sul.

No entanto, houve sacrifícios por parte da população para o país se reerguer. Os coreanos aumentaram muito a proporção de gente que trabalha, as horas trabalhadas e o nível educacional destes trabalhadores.

O estímulo no sistema educacional chegou ao ponto de se tornar exemplo com 97,8% da população alfabetizada, ou seja, contribuindo para uma força de trabalho altamente qualificada e produtiva.

De tal forma que ambientes de trabalho, escolas e lares estimulam valores tradicionais como ética no trabalho, obediência e a importância dos relacionamentos interpessoais.

Estudantes sul-coreanos na sala de aula.

O aspecto Jeong é uma ideologia cultural enraizada no país. A tradução de Jeong é como um sentimento que surge com outra pessoa e o desejo de fazer algo por ela. Mas não em um sentido amoroso, mas sim de atenção e preocupação com o próximo. Esse conceito é de extrema importância principalmente para grupos familiares e empresas.

O ato de comprometimento com os outros e a busca pela união da sociedade é algo que o governo procura estimular, para um fortalecimento interno e para indicar que a união os tornam mais fortes.

A abertura do mercado, investimentos estrangeiros e muito trabalho, gerou a prosperidade, combatendo a pobreza e a escassez.

Os pilares da Coreia

O governo coreano agiu de forma rápida e inteligente, entrando diretamente na agricultura com a produção e exportação de frutas e verduras. Em seguida se tornou um dos maiores produtores de carne suína e carne de frango. Porém a limitação territorial fez com que o foco se voltasse para a produção industrial e tecnológica.

Durante as décadas de 1970 e 1980, a Coreia do Sul tornou-se um dos maiores produtores do mundo de navios, e a maior fábrica da época era a Hyundai.

Entrada da Hanwha Techwin, localizado na Coreia do Sul.
Sede da Hanwha Techwin, uma das potencias em tecnologia de vigilância e equipamentos.

Com taxas e juros baixos e assistência financeira para exportação, a procura pelos navios coreanos em 2008 fizeram com que a Coreia se tornasse a maior construtora naval do mundo, com atuação de até 60% no mercado mundial.

Todo esse movimento e planejamento trouxe as potencias que conhecemos. A Samsung por exemplo, faturou R$2,4 bilhões de reais em 2023 mesmo com indicativos de queda por conta da pandemia e pós pandemia.

Soft Power da Coreia

O sucesso e expansão global da cultura coreana se concentrou no entretenimento, podendo assim apresentar seus costumes e a história da sociedade para o resto do mundo. Visto como produto, a cultura se aproximou das suas raízes e origem com intuito de apresentar os pilares de poder da nação.

Essa forma de abordagem é conhecida como “Soft Power”, onde a cultura é a principal fonte de disseminação e de poder.

Ou seja, após a reforma interna de poder e o projeto de industrialização nacional com foco em abastecimento local e diminuição de pendências de importação, a Coreia do Sul começou a investir na produção da cultura interna, e também na externa.

Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in e BTS fazem visita ao presidente francês.
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in acompanhado do grupo BTS em visita ao presidente francês Emmanuel Macron em Paris.

Produziram doramas e filmes que retratavam a fase difícil do país e as guerras para estimular o nacionalismo e inspirar as gerações sobre como o trabalho e esforço trariam benefícios futuros.

E mundialmente, a Coreia apresentava seu potencial com exportação de produtos e matérias primas, produção em larga escala de peças e equipamentos.

Dessa forma, esse “poder amigável” coreano já está atingindo sua terceira fase onde o foco está em jogos eletrônicos, doramas, gastronomia, moda e turismo.

Paraná na mira coreana

Celtrion Healthcare é uma multinacional sul-coreana, que iniciou suas atividades no Brasil com um investimento total de 40 milhões de reais com foco em produtos farmacêuticos.

Para o mercado nacional, a Celltrion traz biossimilares aprovados pelas maiores agências regulatórias do mundo como a dos Estados Unidos e da União Europeia.

Sede da Celltrion, localizado na Coreia do Sul.
Imagem da sede principal da Celltrion, localizado na Coreia do Sul.

A multinacional faz parte do Grupo Celltrion e aplica fortes investimentos na área de Pesquisa e Desenvolvimento de novas moléculas, trazendo a fama dos melhores produtos para skin care.

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