A sensação de perda, o vazio que se sente é difícil, porque é algo que não acontece ou deveria acontecer frequentemente, então é muito complicado de lidar. Ainda mais alguém ou um bichinho que está ali todos os dias. No caso da perda definitiva a dor é maior porque sabemos que nunca mais teremos a oportunidade de estar novamente, por isso é importante guardar os momentos bons. No caso de afastamentos, temos que entender os ciclos da vida, tudo tem um motivo, que se um dia conseguirmos entender, será olhando para trás, após muitas vivências, aprendizados e entender que tudo tem um motivo e os pontos estarão sempre conectados.
Perda, dor, sofrimento, angústia, o fim. Essas são as palavras comumente usadas por quem quer descrever o sentimento da morte. Não acho que isso sirva de parâmetro para todos. O luto deve ser respeitado, sim, porém não deve deixar-se consumir por ele. A morte, assim como diversas coisas na vida, representa um grau de separação (ainda que muito maior do que o comum) e pode ser visto de diversas maneiras, interpretada de muitas formas e, ainda, para algumas culturas, uma lembrança boa daqueles que se foram.
Há pelo menos 3 mil anos os mexicanos comemoram o dia dos mortos. Não é doido? A gente normalmente vai ao cemitério, faz aquele silêncio sepulcral, alguns choram, outros oram, mas o sentimento é sempre o mesmo: vazio. O “dia dos mortos” mexicano começa um dia antes, no “dia de todos os santos”, As comemorações são parte do ritual de celebração por aqueles que foram para um plano diferente, onde não há tristeza, fome, inveja e dor. Então para quê ficar triste?
Não vou dizer que é fácil lidar com a perda. Não mesmo! Após perder minha família mais próxima, algumas memórias ainda são difíceis de lidar, contudo, achei uma maneira interessante de conviver com elas ao invés de apenas apenas afastá-las. Para mim o Jardim Botânico de Curitiba é um antro de paz e individualidade. Sempre que preciso de um pouco de inspiração é para lá que eu vou; leio um livro embaixo das árvores à esquerda da grande estufa e me lembro dos bons momentos quando meu pai costumava ler histórias para mim. Era como estar num país das maravilhas. Desde as primeiras, quando eu ainda nem sabia ler, até os livros maiores e mais complexos, a fantasia da literatura sempre me encantou, ou quando minha mãe me contava sobre suas histórias de adolescente, bandas que gostava e como se orgulhava de ser emo, hahaha!
Tendo dito tudo isso, acho que deu para entender um pouco como é lidar de uma maneira um pouco diferente com tudo isso né? Você não necessariamente vai “perder” alguém para sempre, quando as boas memórias dessa pessoa estão ali, juntinho de você, te fazendo companhia. “As coisas que nos pertencem acabam voltando para nós. Bem, nem sempre da forma que esperamos”.
Você, por outro lado, é a pessoa que ficou, que ainda não passou “para o lado de lá”, seja lá qual for sua crença ou inclinação religiosa. Porém, você é a pessoa responsável por comemorar que aqueles que você ama estão bem, não sofrem, e que você tem ótimas memórias para se lembrar, já que pode revivê-las infinitamente em locais, cheiros, gostos, sensações e objetos.
Afinal de contas…
“For what it’s worth It was worth all the while”
A R(Evolução) começa aqui
#1
helloworld
touch .masktohide
sudo apt install fre3d0m
anarchy-x86_64.iso
kernel
exit
chmod -R 777 life
request timeout
iloveyou.exe
press enter
method not allowed
gone
whoami
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