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Hellboy e o Homem Torto é o mais novo desastre do cinema

Hellboy e o Homem Torto traz uma nova versão do famoso “Vermelho” com uma proposta de suspense. A história se passa em uma pequena cidade no interior dos Estados Unidos por volta dos anos 50 e tem o roteiro co-escrito pelo criador do personagem nos quadrinhos, Mike Mignola. No longa, Hellboy se alia à pesquisadora do bureau Bobbie Jo e ao amaldiçoado Tom Farell para caçar o demônio conhecido como Homem Torto.

Não é exagero colocar o novo filme do Hellboy na lista de desastres cinematográficos de 2024. Logo de cara, um dos pontos mais interessantes a respeito do título, a participação de Mignola, se torna rapidamente uma das maiores decepções ao assistir ao longa. A narrativa é facilmente o maior problema da produção, e é um problema impossível de ignorar. Além de ser muito inferior à dos longas que o precedem em relação à qualidade geral, a história é extremamente simplória e clichê. Em resumo, se substituirmos o protagonista por qualquer caçador sobrenatural, a narrativa não sofre impacto algum. E, tratando-se de Hellboy, um personagem marcante e cheio de peculiaridades, isso certamente deveria ser um grande sinal de alerta para os produtores. Assim, não existe nível de fidelidade aos quadrinhos que possa salvar o filme.

Além disso, as escolhas de pós-produção não parecem bem alinhadas e acabam gerando grande estranheza. Isso se torna perceptível principalmente ao compararmos o primeiro ato com os seguintes, visto que diversas escolhas estéticas não se mantêm e não há uma transição lógica para as mudanças ocorridas. Ademais, há ainda cenas onde as escolhas de fotografia e edição transformam ideias interessantes de roteiro em um produto final desleixado. E, se você estiver se perguntando como estão os efeitos digitais (o famoso CGI), talvez seja melhor não saber. O nível de execução é ultrapassado com muita facilidade pela versão de delToro e a tecnologia de 20 anos atrás que acompanha ela.

Em meio ao fracasso de Hellboy e o Homem Torto, elenco e caracterização se destacam

Em contrapartida ao resultado geral da produção, os atores realizam uma entrega interessante e satisfatória, mas que perde o poder de encantar pela falta de outros elementos que a potencializem. Jack Kesy e seus colegas nitidamente compreenderam a essência de suas personagens e as representaram muito bem. O que, infelizmente, torna ainda pior quando o roteiro não faz jus a esse trabalho. Por fim, a caracterização também é um grande acerto. Utilizando-se principalmente de efeitos práticos, a parcela visual do filme funciona muito bem (quando não usa CGI).

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