Daqui a pouco mais de 30 dias todos os fissurados em jogos eletrônicos voltarão suas atenções para o The Game Awards, o “Oscar” dos videogames.
E como todo bom e velho evento de premiação, é obvio que a o título de “Jogo do Ano” é recheado de polêmicas e debates todos os anos, principalmente no que diz respeito ao prêmio principal e, considerando os grandes títulos que foram lançados em 2023, este ano não será diferente.
Merecimento ou pura estratégia comercial?
Uma das principais discussões entre os fãs são os verdadeiros critérios utilizados na hora de definir porque um jogo é melhor que o outro e aí é que as polêmicas se instauram.
Talvez a premiação mais polêmica até hoje e mais questionável seja o The Game Awards de 2016 quando Overwatch levou a melhor sobre Titanfall 2, Doom e sobre o aclamado Uncharted 4 (considerado o grande favorito na época).
Outro ano polêmico, mas neste caso pelo excesso de qualidade dos jogos, foi em 2018 quando God of War e Red Dead Redemption 2 fizeram uma disputa pra ver quem levaria mais estatuetas e até hoje muitos fãs questionam a escolha do novo jogo do Deus da Guerra como o melhor daquele ano, devido à riqueza de detalhes técnicos vistos em Red Dead Redemption 2.
Nestes anos a questão merecimento/interesses comerciais foram extremamente debatidas (principalmente o de 2016) e colocou os critérios da premiação em xeque. Contudo, precisamos lembrar que o The Game Awards é sim um evento comercial, tanto que recebemos muitas novidades durante o show e muitos assistem justamente pra verem possíveis trailers e anúncios que serão feitos ao longo do evento.
O segundo ponto é que, além dos critérios técnicos, todas as categorias recebem influência do voto popular. Com isso em mente, não é possível saber até que ponto e qual o peso dessa votação no resultado final e isso nos leva ao terceiro ponto de analise: quando estas premiações são questionadas é pelo conhecimento técnico de quem critica ou pelas experiências e preferencias pessoais de cada jogador?
Jogo do Ano e a Guerra de Plataformas
Com base nos pontos levantados anteriormente, é possível analisar outra questão: até que ponto estas premiações são benéficas ao mercado de games?
Para uma produtora é muito mais interessante colocar na capa do seu produto “Edição Jogo do Ano”, gerar interesse por muito mais tempo e atrair públicos que antes não estavam interessados naquele título, mas e quando o título vencedor é de uma plataforma exclusiva?
Neste ponto é que os debates mais acalorados acontecem, alimentando a fogueira da Guerra de Consoles. Basta uma pesquisa rápida em comentários sobre os títulos exclusivos que venceram que logo aparecerão comentários sobre “compra de votos”, “premiação fajuta” e “isso é só pra vender o console”. Será mesmo que jogos como God of War de 2018, Zelda Breath of the Wild de 2017, ou The Last of Us: Part 2 de 2020, não tiveram méritos em suas premiações e foram apenas acordos comerciais para vender mais o jogo A, ou console B?
Independente dos critérios, se são justos os prêmios ou não, o que não se pode discutir é que o The Game Awards já se tornou uma tradição e movimenta a comunidade que fica curiosa tanto por novidades, quanto por ver se o seu jogo favorito levará alguma estatueta.
Mas e vocês o que pensam sobre premiações para jogos?
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