A diretora e roteirista de Meu Casulo de Drywall revelou que se inspirou em filmes da época da adolescência que abordassem os temas de luto e solidão. Caroline Fioratti tinha o desejo de refletir no audiovisual as angústias e anseios da própria juventude, e por isso se dedicou durante 10 anos ao projeto para que saísse exatamente como queria. Elefante, Kids e As Virgens Suicidas são alguns dos principais exemplos de longas que ela usou como referência.
Fioratti diz ter uma conexão bastante íntima com a história da protagonista Virgínia (Bella Piero), a ponto de entender como uma festa de aniversário pode se transformar em uma verdadeira panela de pressão, cheia de tensões e perigos.
“Isso passa pela minha compreensão de que essa fase da vida é uma ruptura, um luto em si”,”Os sentimentos são vivenciados de forma intensa e, quando não compreendidos, podem se traduzir em violência contra si e contra o outro”. disse a cineasta sobre o interesse na representação dos turbilhões da adolescência
Ela ainda destacou que as obras de Sofia Coppola foram uma das principais inspirações para escrever e dirigir Meu Casulo de Drywall.
‘As Virgens Suicidas’, com seu olhar sensível para a adolescência, suas dores e máscaras, e ‘Encontros e Desencontros’, no retrato da solidão em uma metrópole de concreto”, disse Caroline. Mas algo que sempre chamou sua atenção na obra da cineasta americana foi como a melancolia se combinava com uma busca por conexão humana e por mudança – uma pulsão que depois também passou a integrar a filmografia de Fioratti, tanto nos longas, quanto nos curtas e nas séries.
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Leia a sinopse oficial: Virgínia comemora os seus 17 anos com uma festa em sua cobertura. Apesar de tudo parecer perfeito, Virginia não consegue ignorar a ferida que cresce com o correr das horas. O dia seguinte nasce como uma tragédia que abala o condomínio. Virgínia está morta. Patrícia, sua mãe, vive o luto quase a ponto de enlouquecer. Luana se questiona se é culpada pelo destino da melhor amiga. Nicollas tenta ignorar a morte da namorada refugiando-se em sexo casual com funcionários. E Gabriel carrega o peso de um segredo e de uma arma.
Se juntam ao elenco, Maria Luisa Mendonça, Bella Piero, Michel Joelsas, Mari Oliveira, Daniel Botelho, Caco Ciocler, Débora Duboc, Flávia Garrafa, Marat Descartes e Lena Roque. O filme é dirigido e roteirizado por Caroline Fioratti, com produção executiva de Rui Pires e André Montenegro. O longa é uma produção da Aurora Filmes, em coprodução com a Haikai Filmes. A distribuição é da Gullane +.
Meu Casulo de Drywall chega aos cinemas em 12 de setembro.