Tendo interpretado ninguém menos que Edward VII, Oscar Wilde, Winston Churchill e, é claro, Albus Percival Wulfrico Brian Dumbledore, nos deixa hoje o icônico Michael Gambon. Aos 82 anos de idade, Michael teve complicações relacionadas à pneumonia e faleceu na manhã desta quinta-feira.
Um dos maiores atores da história britânica, referenciado como O Grande Gambon (The Freat Gambon) foi uma vez descrito po Peter Hall (na época diretor artístico do National Theater), segundo o jornal The New York Times, como “impassível, perigoso e imensamente poderoso” pela sua performance em “Life of Galileo”.
O Irlandês, que também fez aparições na TV, teve nada menos do que a honra de receber o título de Cavaleiro da Ordem Britânico pelas mãos da própria Rainha Elizabeth. Sir Gambon tem um vasto (e põe vasto nisso) leque de atuações e participações no mundo da atuação! Não obstante, além de todas as premiações, Michael Gambon acumula inúmeros prêmios, incluindo um Emmy por seu papel como presidente Lyndon Johson no telefilme de 2002 Path to War.
Mesmo com todas as grandes atuações, os corações geek e fãs da franquia Harry Potter, hoje, são os mais tocados. Por isso o texto seguirá com a homenagem focado no que Gambon representou e representará para inúmeras gerações de fãs da magia pois “como sabem pode-se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias”.
Enquanto “bom velhinho” e, até os últimos filmes (para aqueles que não leram os livros, é claro), Gambon deu a Dumbledore vida, carisma e aquele ar de avô querido e carinhoso. Em momentos como este e daqui para frente, itens como a penseira ajudariam – e muito – a matar um pouco da saudade toda vez que pensarmos no personagem. Sendo Londrino desde os 6 anos de idade, Michael Gambon, ainda por cima, desfrutava do charme de um sotaque puramente britânico. Com seus tons e singularidades, o ator soube como tocar o sentimento de cada fã de uma maneira diferente, dando vida a um personagem encontrado antes apenas em folhas rabiscadas de tinta.
Trazido ao Brasil na incrível Voz de Lauro Fabiano, Dumbledore traz à luz infinitas interpretações da realidade e das consequências de nossas ações. Isso se torna ainda mais vívido ao perceber no filme as sutis indicações e formas não convencionais de educação. Cada olhar, movimento de sobrancelha e sorrisinho de canto provam que Sir Gambon foi muito mais do que apenas um mero representante do personagem. Sua imagem enquanto um dos maiores diretores que a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts permanecerá para sempre conosco, ainda que não tenhamos quadros falantes, uma penseira escondida no armário e nem uma Fênix para nos acompanhar. Sua voz e seus ensinamentos para sempre ressoarão em nós, ainda que não possamos usar um vira-tempo para vê-lo mais uma vez. Ainda que não o suficiente, também temos a esperança de que este texto possa, de alguma forma, homenagear o fogo da imaginação que Sir Michael Gambon acendeu em cada um. Mesmo sabendo que nada que fãs possam criar, chegue aos pés da grandeza e magia de tão renomado ator, confortamo-nos na certeza de que “palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes e formar grandes sofrimentos e também remediá-los”
Descanse em paz, professor.
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