A Academia do Oscar anunciou uma nova regra para 2026. Agora, o uso de Inteligência Artificial Generativa não afeta as indicações.
A regra afirma que ferramentas digitais não ajudam nem atrapalham. A Academia vai avaliar o quanto o ser humano participou da criação. A decisão veio após acordo com o Conselho de Ciência e Tecnologia da instituição.

Regras surgem após polêmicas no Oscar 2025
A regulamentação surge, portanto, após discussões acaloradas sobre o uso de IA em algumas produções indicadas esse ano. Filmes como Duna: Parte Dois, O Brutalista, Emilia Pérez e Um Completo Desconhecido despertaram questionamentos. No entanto, nenhum deles foi inteiramente gerado por inteligência artificial.
No caso de Duna: Parte Dois, por exemplo, a equipe utilizou o CopyCat, uma ferramenta do software Nuke, com o objetivo de reproduzir digitalmente o tom azul dos olhos dos personagens Fremens. Esse processo, de acordo com a VES (Visual Effects Society), economizou centenas de horas de trabalho manual.
IA como apoio técnico, não criativo
No longa O Brutalista, o diretor Brady Corbet explicou o uso da IA. Ele afirmou que a equipe usou a tecnologia Respeecher apenas para ajustar detalhes do idioma húngaro nos diálogos. Eles mantiveram intactas as interpretações de Adrien Brody e Felicity Jones.
Já em Emilia Pérez, a equipe adotou um uso parecido. Eles usaram novamente a Respeecher. Além disso, aplicaram a ferramenta Audio Shake para isolar a voz original de Maria Callas. As gravações, feitas nos anos 1960, entraram na cinebiografia Maria.
Equilíbrio entre inovação e criatividade humana
Com essa nova regra, a Academia reconhece a presença cada vez maior da IA na indústria cinematográfica, mas reafirma seu compromisso com a valorização da autoria humana. A medida pretende garantir que a inovação tecnológica caminhe lado a lado com a integridade criativa que os prêmios do Oscar sempre buscaram celebrar.