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Racismo no esporte e eSport

Racismo nos esportes tradicionais

Caso Vini Jr (o mais recente)

O RACISMO é um mal que assola a humanidade através do tempo. Se intesificou durante as grandes navegações da Europa, escravizando pessoas apenas por causa da sua cor de pele. Várias ideologias supremacistas usam do racismo como motor para existir, tal qual o nazismo (por exemplo).

O racismo está presente em diversas camadas da sociedade. E como os esportes e esports fazem parte da sociedade, há também casos de racismos nesses meios.

Recentemente (21/05/2023), um dos melhores jogadores da temporada e, talvez, o melhor jogador do Real Madrid, Vinícius Jr foi alvo de um racismo nada velado. Torcedores do Valencia gritaram “mono” para o jogador. Mono, em espanhol, significa macaco.
O jogo foi paralisado por 8 minutos, o sistema de áudio do estádio pediu para que os cânticos racistas cessasse.

Com o jogo retomado, jogadores do Valencia utilizaram da instabilidade emocional gerada pelo episódio lamentável para minar o jogador. Vini Jr acaba se desentendendo com o goleiro da equipe e um jogador adversário o enforca. Porém, a arbritagem só expulsou o Vini pelo tapa dado em quem o estava enforcando.

Comunicado de Vini Jr sobre o racismo sofrido.

Solidariedade em meio ao caos

Vini Jr é cotado para figurar, em mais uma temporada, o top 10 do Ballon D’or (prêmio da revista francesa France Footbal). Por isso, o caso escalou de uma maneira diferente. Contudo, o presidente do Brasil (Luiz Inácio Lula da Silva) fez um pronunciamento abrindo a coletiva de imprensa cobrando a FIFA e as autoridades espanholas.

Várias notas de solidariedade ao Vini, mas até agora nenhuma sanção aos racistas. Contudo, é nítido a diferença de tratamento da liga espanhola para com os dos outros times UEFA. Os adversários de outros países tratam Vini Jr de uma maneira muito mais cordial que os adversários da liga local.

Buscaram no racismo uma alternativa de parar o futebol de um jovem que tem tudo para ser o melhor do mundo. Mas se esqueceram que o jovem não aceita calado esse comportamento.

CBF, por meio do prseidente Ednaldo Rodrigues, se solidariza com Vini Jr.

Grêmio e a punição por causa de insultos racistas

Contudo e, infelizmente, não é um caso isolado acontecendo só com Vini Jr. Vários casos de racismos foram identificados pelo Observátorio da Discriminação Racial no Futebol. O projeto surgiu pós episódio envolvendo uma torcedora do Grêmio e o goleiro Aranha (na época no Santos). Na ocaisão, o Grêmio foi punido com a perda dos pontos da partida de volta e, consequentemente, eliminado da Copa do Brasil.

Partida adiada na UEFA Champions League

Em partida válida pela UEFA Champions League, Istanbul Basaksehi e Paris Saint-Germain protagonizaram algo histórico. O quarto árbrito se dirigiu ao auxiliar técnico com palavras de cunho racista, na hora de apontar para o árbitro quem deveria ser expulso. Demba Ba liderou os atletas do Istanbul para se retirarem do campo de jogo. Contudo, Neymar e Mbappé foram flagrados falando que não jogariam na presença do quarto árbrito. Primeiramente, tentaram retomar o jogo mas as equipes não aceitaram e adiaram o jogo para o dia seguinte e com uma nova arbritagem. Vale ressaltar que o mundo vivia forte protestos, “embalados” pelas mortes de George Floyd e vários negros brutalmente assassinados.

Paola Egonu é vítima de racismo por jornalistas italianos

Mas engana-se quem acha que só no futebol existe isso. Paola Egonu é uma grande jogadora de vôlei italiana. Ela figura entre as melhores da posição dela (oposto) e entre as melhores geral. Ela é nascida e criada na Itália.

Mas nem todas suas credenciais são o suficiente para ela não ser alvo. Jornalista italianos questionaram o porque dela ser Porta-bandeira da delegação italiana nas Olimpíadas. Utilizando-se de palavras de cunho racistas, os jornalistas alegaram que era por “cota” que ela estava lá.

Vale lembrar, novamente, que Egonu é o nome da seleção italiana de vôlei e tem números extraordinários tanto pelo seu clube (foi campeã da Champions League recentemente) e pela Itália.

Entretanto, o que as autoridades competentes têm feito para coibir o racismo?

Racismo nos eSports

Os eSports deveria ser um lugar em que os “excluídos” se aliam. Entretanto, não é bem assim que funciona na prática pois grande parte dos “excluídos” ainda fazem parte da maioria que “domina” o planeta. Contudo, se mostram como mais uma parte de uma camada social que usa do racismo para ofender e tentar sobressair.

Há vários relatos em chats, VOIP e derivados de jogadores sendo tóxicos e recistas. Entretanto, às vezes junta-se todas as chagas do mundo (Machismo, racismo e mais).

Racismo e Misoginia

Danielle “Cherna” é um grande nome do Rainbow Six Siege no Brasil. A jogadora foi indicada ao Prêmio Esports Brasil na categoria de melhor jogador em 2018. Na época não existia categorias exclusivamentes femininas. Sendo alvo de misoginia, racismo e outros abusos, ela criou a AFGB (Associação Feminina Gaming Brazil). a AFGB visa auxiliar mulheres que sofreram algum tipo de abuso no âmbito do eSport.

A ignorância atravessa a bolha de quem nem joga o jogo e está criticando apenas por criticar

O jornalista Luiz Gustavo Queiroga recebeu diversos ataques após postar que só jogava com os personagens negros, em VALORANT, por identificação. Vários ataques vinham com a justificativa que ele poderia prejudicar o time por não escolher outro personagem e vários ainda justificavam usando de “ses” que não cabiam ao jornalista. Contudo, quando Queiroga postou o tweet, o jogo sequer tinha saído da beta e claramente quem o criticava nem tinha jogado um segundo de VALORANT pois as personagens (Phoenix e Raze) ainda são agentes pickados por grande parte dos jogadores (principalmente a Raze). E patch mais tarde saiu mais personagem negro.

Racismo no LoL/CBLOL

Um caso recente e que voltou a tona, foi o racismo de Frosty para com o fnb. Frosty chamou fnb de macaco no chat. Na época que aconteceu, ele tinha 16 anos de idade e muitos usam da imaturidade para justificar o racismo. Contudo, isso pesou contra ele na hora que foi contratado pela LOUD.

“Ressuscitaram” o caso e houve diversas críticas ao jogador. Com isso, horas depois de anunciado, a LOUD demitiu o suporte. Na época, TitaN foi enfático dizendo que “racismo nunca será perdoado” alegando que não era só pedir desculpas.

Agora fnb e Frosty jogarão juntos pela Red Canids (junto de TitaN). Entretanto, segundo a Red Canids, a contratação de Frosty passou pelo respaldo de fnb. Francisco mostrou que superou o episódio (mesmo sendo a vítima) e que não teria problemas em trabalhar com Frosty. Enquanto isso, Frosty se diz arrependido do ocorrido e tem trabalhado para melhorar.

Mas o que as publishers fazem para coibir o racismo em seus jogos?

“Numa sociedade racista não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”- Angela Davis

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