Qual é a sensação de morrer? Essa é a frase mais utilizada no novo longa do diretor Bong Joon-ho, Mickey 17, estrelado por Robert Pattinson, que estreia hoje (06) em todos os cinemas do país.
O herói improvável, Mickey Barnes (Pattinson) encontra-se na extraordinária situação de ter um chefe que exige o compromisso máximo no emprego… morrer de trabalhar para viver. A trama acompanha o jovem que, para fugir da perseguição de agiotas, aceita encarar uma missão inédita fora da terra.
Na jornada, depois de realizar missões, acaba sendo um funcionário “descartado”, mas cujas memórias são restauradas em um novo ser após a morte. No entanto, após inúmeras regenerações, Mickey 17, sua atual versão, sobrevive a uma missão perigosa e acaba enfrentando um dilema existencial ao encontrar sua próxima versão, Mickey 18, que está pronta para substituí-lo.*


Um misto de ficção científica atrelado com uma comédia nonsense, ‘Mickey 17’ poderia agregar ainda mais no currículo do vencedor do Oscar por Parasita (2019), mas o que de fato acontece é uma sucessão de cenas descartáveis em uma trama nada convincente. No fim, temos um bom entretenimento, enfadonho em alguns momentos.
Robert Pattinson está muito bem. Toni Collette e Mark Ruffalo estão maravilhosos, mas fica uma sensação de desperdício de talentos. Uma crítica alegórica, cafona e em poucos momentos divertida sobre a bizarra ascensão da extrema direita.


Ao final dessa jornada, o que fica evidente é que o nome utilizado para descrever o cargo de Pattinson resume bem o filme: dispensável. Está a anos luz de distância de Parasita. Nota: 3.0/5.0
*Trecho extraído da sinopse original do filme.