A DC Comics acaba de liberar a prévia de Batman/Deadpool #1, sua parte do crossover mais improvável e talvez mais divertido do ano.
A edição chega em novembro, escrita por Grant Morrison e ilustrada por Dan Mora, dois nomes que entendem de caos narrativo com estilo. E sim, é a continuação direta do sucesso Deadpool/Batman #1, lançado pela Marvel em setembro.

DC e Marvel voltam a dividir o multiverso
Depois de mais de duas décadas sem um encontro entre as duas gigantes, o novo crossover reacende uma rivalidade. Se o primeiro one-shot vendeu mais do que qualquer título regular da Marvel, agora é a vez da DC devolver o favor com direito a doses generosas de humor, metalinguagem e pancadaria entre universos.
O sucesso foi tanto que já há rumores sobre o próximo grande evento: um Superman vs. Homem-Aranha em 2026.

Uma equipe criativa digna do desafio
A história principal, “The Cosmic Kiss Caper”, junta Grant Morrison e Dan Mora, que já trabalharam juntos em Klaus, da Boom! Studios. Morrison retorna ao Cavaleiro das Trevas com sua visão filosófica e provocadora, enquanto Mora entrega o traço que virou padrão de excelência na DC moderna.
A edição ainda traz quatro histórias extras, cada uma misturando heróis e estilos de mundos completamente diferentes.

Crossovers que você nem sabia que precisava
- John Constantine e Doutor Estranho em “Um Mágico Entra em um Universo”, por Scott Snyder, James Tynion IV, Joshua Williamson e Hayden Sherman.
- Asa Noturna e Wolverine (Laura Kinney) em “Sticks & Snikts”, de Tom Taylor e Bruno Redondo.
- Arlequina e Hulk em “Harley & Hulk’s Amazing Saturday!!!!”, de Mariko Tamaki e Amanda Conner.
- Static e Ms. Marvel em “Novos Amigos em Lugares Antigos”, de G. Willow Wilson e Denys Cowan.

Metalinguagem, caos e uma pitada de autocrítica
A descrição oficial da DC promete um “choque metafísico entre duas filosofias narrativas”. ou seja, o trauma sombrio de Batman contra o humor delirante de Deadpool. De um lado, o vigilante obcecado pela justiça. Do outro, o mercenário que não sabe quando calar a boca.
É quase como se Morrison dissesse: “Vocês queriam fan service?”
Mais do que uma jogada de marketing entre DC e Marvel, Batman/Deadpool #1 marca o retorno de uma ideia que parecia impossível em tempos de exclusividade corporativa: a cooperação entre rivais.
É um aceno para os fãs que cresceram sonhando com duelos impossíveis e uma lembrança de que, às vezes, a melhor forma de inovar é fazer o simples.
Com Morrison no comando e Mora nas artes, a edição promete ser tão caótica quanto genial. E, convenhamos, se há alguém capaz de transformar um colapso de realidades em arte, é o homem que já fez Batman conversar com o próprio conceito de ficção.
