A Mulher-Maravilha sempre foi vista como o ponto de equilíbrio no universo DC, a figura que mantém a balança entre justiça e caos. Mas em Absolute Wonder Woman #11, com lançamento previsto para 27 de agosto de 2025, essa imagem começa a se fragmentar. A heroína se vê dentro de um labirinto subterrâneo que não é apenas cenário, mas uma metáfora da própria instabilidade que ameaça consumir tudo. Sob a escrita de Kelly Thompson e os traços intensos de Hayden Sherman, Diana encara um dos momentos mais desafiadores de sua trajetória recente.

O labirinto é mais do que espaço físico: é representação da incerteza. Um local onde direção e destino se confundem, onde cada passo pode significar avanço ou retrocesso. Para uma personagem que sempre encarnou clareza e propósito, ser lançada em um ambiente de contradições é quase uma ruptura simbólica. É nesse ponto que a balança de poder, tantas vezes sustentada por sua figura, ameaça virar ao avesso.
Diana por Kelly Thompson e o desafio da heroína complexa
Escrever a Mulher-Maravilha nunca foi tarefa simples. Ela não é apenas guerreira nem apenas diplomata, é a fusão de mitologia e humanidade. Kelly Thompson, conhecida pela habilidade em trabalhar personagens femininas fortes sem reduzir sua complexidade, encara aqui a missão de explorar Diana no fio da navalha. O conflito não parece ser apenas contra monstros ou vilões, mas contra o peso das escolhas que podem remodelar a ordem do universo.
A força visual de Hayden Sherman
O traço de Hayden Sherman tem o poder de transformar ambientes em entidades vivas. No caso desta edição, o labirinto não será um mero pano de fundo, mas um antagonista de corpo e alma. As linhas fragmentadas e a estética instável de Sherman prometem intensificar a sensação de claustrofobia e vulnerabilidade, mergulhando a leitura em uma experiência quase sensorial.
A importância dentro da linha Absolute
A proposta da linha Absolute sempre foi clara: criar histórias definitivas, capazes de marcar profundamente os heróis da DC. Colocar Diana no centro dessa iniciativa é mais do que destaque editorial, é reposicionamento. Se antes Superman e Batman carregaram o peso desses marcos, agora é a Mulher-Maravilha que surge como eixo capaz de desestabilizar tudo. Isso, por si só, já torna a edição um acontecimento.
Expectativas em torno da ruptura
Entre leitores e fãs, a discussão já está acesa: até onde essa edição mudará o papel da heroína dentro da mitologia DC? Será um arco de impacto isolado ou o início de uma transformação duradoura? O risco é alto, mas justamente por isso o interesse cresce. Se Thompson e Sherman levarem a ideia às últimas consequências, o resultado pode se tornar referência por anos. Se recuarem, ficará a frustração de um passo ousado interrompido antes da hora.
Mais do que uma HQ, um manifesto
Absolute Wonder Woman #11 não é apenas mais um capítulo. É um evento que coloca em xeque a própria essência da personagem. Ao mergulhar no labirinto, Diana não enfrenta apenas as sombras do subterrâneo, mas a dúvida sobre sua posição dentro de um universo que insiste em viver entre o equilíbrio e a ruptura.
O que se anuncia é uma história que pode deixar cicatrizes. E é justamente essa imprevisibilidade que faz desta edição um marco já antes de chegar às prateleiras.