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Acolyte

Acolyte, mais uma ótima ideia com execução desleixada?

Mesmo que perseguida pelas sombras de um passado perigosamente recente, a Disney+ estreou sua nova série do universo de Star Wars, Acolyte. Com dois episódios já lançados, a série não entrega tudo o que se esperava de uma produção com o capital Disney. Contudo, era tudo o que se esperava de uma série Disney+, levando em consideração os últimos fracassos (não, Mandaloriano não está aqui). Com um plot de potencial gigantesco, a série parece não se importar muito com o desenvolvimento dos personagens, mas, apesar disso, entrega bons e divertidos momentos.,

Obs: o texto contém spoilers e MUITOS disclaimers, já que não queremos ser enxameados pelos fãs mis “vorazes” do Universo Star Wars.

Em Acolyte entramos no universo de Star Wars em sua “era dourada” do governo da República. Chamada High Republic, a era é de paz na galáxia e os Jedi são uma Ordem separada do governo, que atua única e exclusivamente para a manutenção da paz servindo como faróis da esperança e justiça (veja Starlight Beacon na Wiki). O ceticismo dos fãs entra em ação durante as primeiras cenas desta nova série, quando o clássico texto de introdução tem pouco mais de 2 linhas e preguiçosamente situa o espectador no tempo correto.

Em contraponto à péssima narrativa da série e ao ritmo que cambaleante, Acolyte traz cenas de luta muito bem coreografadas e executadas. A atuação inabalável de Carrie-Anne moss aumenta o hype a cada movimento de seus olhos nas cenas que dão início à série. Contudo, o desespero do roteiro em apressar os choques (lembrando que é uma série investigativa) acaba tirando de cena uma das atrizes (que pode voltar a aparecer em flashbacks) mais importantes do elenco. Enquanto isso, Amandla Stenberg (The Hate U Give) ainda não parece estar tão bem encaixada no papel de protagonista/antagonista e entrga, principalmente, uma Mae frágil, desbalanceada e que não convence em seu espírito vingativo – que é o suposto pilar dos acontecimentos da série até então.

Para os fãs dos jogos que se passam nesta época prime da República, o show traz inúmeras referências que traz espectadores para perto e os ambientam usando personagens, nomes e referências conhecidas. Contudo, os fãs que não tiveram acesso a esta parte do Universo (que, aliás, conta já com livros publicados que expandem a lore), ficam à deriva neste vácuo temporal que foi criado e ainda não (esperamos que a série o faça) explicado. Falando em personagens recorrentes, Mestre Vernestra (Rebecca Henderson) é um dos maiores símbolos até então da forma como os Jedi lidam com as situações naquela época. Mais destacados dos rígidos princípios aos quais somos apresentados na primeira e segunda trilogia, a época em que vivem os personagens da série representa um tempo de aperfeiçoamento da ligação Jedi com a Força, já que a mesma se encontra fora de equilíbrio devido à última guerra Jedi x Sith. É aí então que entram características muito específicas como a ações à lá Qui-Gon de Mestre Sol, a proatividade da padawan Lon e a arrogância à lá Anakin de Yord.

Mesmo que de forma decepcionante no jeito Disney de produzir conteúdos similares em série, Acolyte ainda tem potencial para reverter a qualidade questionável de construção de diálogo, cenário e – principalmente – aproveitamento de um plot incrível numa seção da história ainda inexplorada. Para um rápido contexto antes da conclusão, é esperado que a série aborde o desenvolvimento (ou definhamento) da relação entre a República e a Orla Exterior, já que já foram apresentados planetas da região, a Clã Comercial e seu desgosto por Jedi, as falhas do sistema, etc. Aliado a isso está o crescimento da influência dos Sith longe dos olhos dos Jedi, já que aquela que se apresenta como a principal vilã é sim uma usuária da Força, mas não uma Sith (por isso o nome da série, risos). Com muitas possibilidades de caminhos a serem seguidos e – até agora – pouquíssimas alusões a uma decisão de por onde ir, Acolyte corre o risco de ser apenas mais uma série para que os fãs mais fervorosos tenham do que reclamar, ao invés de aproveitar seu potencial de mudança e fazer justiça a suas escolhas.

Acolyte trará um episódio novo toda terça-feira e, se você não quer perder nada do que está acontecendo, não se esqueça de nos seguir nas redes sociais!

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