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Avatar tenta embarcar no sucesso de One Piece, mas falha miseravelmente

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Plataformas como Disney, HBO e Paramount estão consolidadas no mercado audiovisual, por já terem seus próprios estúdios. Foi aí que a Netflix precisou criar o seu diferencial. Ela então encontrou sua galinha de ovos dourados: adaptações em live action de clássicas animações.

Após duas tentativas extremamente fracassadas, o filme de Death Note e a série de Cowboy Bebop, a gigante do streaming finalmente conseguiu seu estrondoso sucesso com One Piece. Nós, fãs, tínhamos a convicção que a obra de Eiichiro Oda era inadaptável, mas acabamos recebendo um belo presente. Por conta do último exemplo entregue, as expectativas eram altas para ver a jornada de Aang para se tornar o lendário Avatar.

Depois dos oito episódios, a tristeza bateu.

Avatar não é uma série ruim, mas não é comparável com a obra original, pois não possui sua essência. Tudo o que é visto na tela é extremamente largado. Contado de maneira rápida e com personagens que o público não consegue criar qualquer tipo de conexão.

 Sou uma apaixonada por construção e desenvolvimento de personagem, sendo uma das coisas que mais amava na animação de Avatar, já que todos os personagens possuíam histórias belas que me ajudavam a entender suas ações. Infelizmente, não só o ritmo acelerado da história, mas escolhas criativas tiram algo tão incrível de Avatar.

O fato polêmico de cortarem falas machistas de Sokka pode parecer, em um primeiro momento, uma adequação da história aos tempos modernos, mas na verdade estamos polindo um personagem extremamente humano. Sokka não pode ser definido exclusivamente por suas falas “machistas”, mas sim em como ele procura evoluir e aprender para no fim tornar-se alguém melhor.

Uma das falhas que cometeram não só com Aang, mas com o próprio Luffy em suas versões em live action, foi a maneira em como eles inspiram aqueles ao seu redor. Ambos os protagonistas, em suas versões originais, estão constantemente lutando por aquilo em que acreditam, mas sempre de maneira leve, descontraída e divertida. Nas séries, criaram personagens que inspiraram através de longos e repetitivos monólogos parecendo grandes coachings. Em Avatar, temos um Aang cansado, triste e nada divertido, ou seja, o completo oposto do personagem que conhecemos e amamos.

Uma verdade precisa ser dita: em termos de visual a série é deslumbrante. Os figurinos, os cenários e caracterização dos personagens estão impecáveis. Infelizmente, no final seu aspecto visual não é o bastante, já que boa parte do público busca boas histórias. Avatar: O Último Mestre do Ar é uma série rasa e nada memorável, mas extremamente bela.

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Vitória Möllerke

Vitória Möllerke

Apaixonada por animes, mángas, séries e filme. Formada em Jornalismo e Cinema. Até hoje esperando o Luffy se tornar o Rei dos Piratas e finalmente encontrar o One Piece!

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