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Críticas de GenV unem inteligência à fórmula The Boys

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Uma coletânea de críticas inteligentes e bem colocadas: esse é o resumo de GenV – uma série do universo de The Boys que consegue unir ambos o roteiro inteligente e a clássica sanguinolência da série original. A vida objetificada de jovens nas redes sociais, a pressão inumana das faculdades sobre o desempenho atléticos e acadêmicos dos alunos, a turbulência do autoconhecimento sexual e muitos outros assuntos são abordados de forma clara e madura em GenV.

A série derivada de The Boys, desde o início provou-se uma série que se preocupa com os problemas enfrentados pelos jovens das novas gerações, assim como critica as futilidades e reações imaturas das mesmas. A falta de preparo dos jovens hoje em dia para situações críticas da vida é facilmente compreendida (dentre outros diversos exemplos) nas matérias da escola de defensores da sociedade: gerenciamento de carreira, redes sociais, gerenciamento de marca e similares.  Além disso, o vício em compartilhar as próprias vidas e fazer de tudo por cliques e likes também está presente e boa parte dos personagens secundários, que, como o nome já diz, são apenas “zés ninguém” que forjam uma vida que não vivem apenas pelos acessos.

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Vale a pena ressaltar que, mesmo sendo supers, ainda são apenas adolescentes inconsequentes. E seus poderem só aumentam o problema

Em GenV, não é apenas o trabalho que edifica o ser

Por outro lado, questões de extrema relevância para as discussões modernas como a identidade de gênero, como cada um se identifica e o quanto isso tem (no caso não tem, né?) a ver com a vida de outras pessoas, também é dito de maneira explícita. Jordan, por exemplo, tem poderes que lhe permitem mudar seu sexo. A eles, foi negado o título de número 1 de Godolkin justamente pela aceitação do público daquela região ser baixa com pessoas que não sigam o padrão. Como a própria protagonista Marie Moreau (perfeitamente interpretada por Jaz Sinclair) explica “você acha que eles realmente vão dar ouvidos a uma garota negra e um trans?”. Pois bem… GenV não só explora este recurso narrativo como abertamente faz críticas a postura da sociedade de uma forma caricata e inteligente. Tanto que é possível que aqueles “em quem a carapuça serve” podem até não entender.

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GenV é uma prova de que é sim possível adaptar histórias dos quadrinhos para as telas e ficar AINDA MELHOR

Críticas aos jovens? Sim, mas não apenas

Por outro lado, a série também tece críticas à forma de vida fútil e materialista da sociedade atual. O envelopamento de padrões estéticos e relacionamentos forçados da vida de famosos ou a rotulação de qualidades e defeitos unicamente voltados ao “IBOPE” que pessoa x ou y pode gerar, também estão presente dentre as críticas. Contudo, engana-se quem acha que a série “briga” somente com o lado jovem da situação. Também é deixado extremamente claro que boa parte dos problemas que a Geração V enfrenta é justamente derivada da ganancia e da carência de atenção da geração anterior. Os pais que querem ser famosos usando a imagem de seus filhos para moldar o futuro que sempre sonharam para si é uma direta comparação aos modelos impostos por competições de beleza infantil (principalmente femininas). Nelas, mães e pais competem para ver quem consegue forçar mais seus filhos para fora da infância que merecem.

A saúde mental e a negligência

Não é de hoje que as pessoas têm ciência dos problemas derivados dos maus tratos à saúde mental e da falta de “manutenção” deste pilar da vida. Além de todas as outras abordagens de extremo peso, uma que comumente passa despercebida quando se fala em GenV é a série de críticas e alertas à saúde mental. Crianças, jovens e adultos sofrem com diversas situações relacionadas, que na série são representadas principalmente por Emma, Cate e Andre. No caso de Emma e Cate, o problema é muito mais claro: reações nos próprios corpos provam a repercussão das ações de suas mães quanto aos poderes adquiridos por ambas – lembrando que quem injetou o composto V foram as próprias mães. Andre vive em um impasse por ser filho do grande Polarity, precisando decidir lutar pelo que acredita e ir contra seu pai, que serve à Vought ou acatar a todas as escolhas que seu pai adotou para ele sem seu consentimento. Assim como os outros pais, Polarity (interpretado por Sean Patrick Thomas) desenhou o caminho que queria que seu filho seguisse, mesmo antes que Andre tivesse alguma consciência.

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Mesmo sendo um personagem secundário, Emma tem um dos arcos mais legais até agora em GenV

Misturado a todas essas críticas e reflexões sobre a sociedade moderna e todo o egoísmo envolvido, também estão a boa e velha pancadaria, as mortes, a sanguinolência e as guerras políticas de The Boys. Como já citado anteriormente em outro texto, a série consegue unir muito bem a essência do universo original com pensamento crítico e reflexivo (muito melhor do que os quadrinhos, diga-se de passagem). GenV teve seu último episódio lançado na semana passada (dia 02/11), mas já tem uma segunda temporada confirmada e também ajusta o universo perfeitamente para a quarta temporada de The Boys no Amazon Prime!

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The MD

The MD

Jornalista. Desde criança apaixonado por games e e-sports. Tendo feito disso minha carreira, busco sempre a melhor forma de profissionalizar o cenário nacional com o objetivo de alcançar e conscientizar mais e mais pessoas.

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