O texto abaixo contém spoilers da quinta temporada de Slow Horses.
“Slow Horses”, da Apple TV+, nunca foi tímida ao chocar o público. Agora, na 5ª temporada, a série decidiu começar chutando a porta, literalmente com sangue em praça pública. Em vez de intriga lenta, fomos recebidos com um ataque brutal que nos deixou de boca aberta e a sensação de que nenhum personagem está realmente seguro. Quem esperava um inicio mais lento e tranquilo no episódio de estreia recebeu metralhadora, caos e um psicopata agindo como se estivesse jogando GTA na vida real.
Do café da manhã à carnificina
O pacato Rob Trew (Edward Davis) parecia só mais um britânico comum até abrir uma mochila e transformar a praça em cenário de massacre. Com Vikram (Neil D’Souza) no alvo, ele desencadeou uma onda de violência que parecia não ter fim. Só que o jogo acabou rápido: um franco-atirador misterioso apagou Rob diante da multidão. A polícia acredita em suicídio. A gente, claro, sabe que não foi bem assim.
Um simples “lobo solitário”?
A investigação cai no colo de Emma Flyte (Ruth Bradley), que não compra a versão oficial. Ela encontra pistas, provoca o MI5 e sugere que Rob foi manipulado. Talvez por política, talvez por dinheiro, mas o buraco é mais embaixo. Conspirações digitais, fóruns da dark web e interesses ocultos entram no tabuleiro. E se tem algo que Slow Horses adora é mostrar que a sujeira é sempre maior do que parece.
Trauma, cinismo e os desajustados de sempre
Enquanto o mistério cresce, os velhos conhecidos da Slough House continuam carregando suas cicatrizes. Louisa Guy quer largar tudo, Shirley Dander afunda ainda mais na autodestruição e River Cartwright tenta lidar com dramas pessoais que não se resolvem com espionagem. Jackson Lamb (Gary Oldman), claro, continua sendo o rabugento genial que todos amam odiar. Essa mistura de falhas humanas com missões impossíveis é justamente o que mantém o sucesso da série.
A estreia deixou claro que a temporada vai testar até onde os Slow Horses aguentam. Eles estão cansados, quebrados e com menos aliados do que nunca. Só que a série já provou: quando a coisa aperta, os rejeitados do MI5 são os únicos capazes de entregar resultados. .
