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Acolyte

The Acolyte acerta em cheio no último minuto?

Após um início conturbado, parece que a mais nova produção do universo Star Wars finalmente acertou o ponto. Os primeiros episódios de The Acolyte contaram com um ritmo arrastado, falta de carisma por parte da protagonista e uma narrativa previsível. Além disso, a ausência de bons ganchos e de questionamentos reais sobre o rumo da história não agregava credibilidade para a proposta investigativa da série.

Amanda Stenberg, a atriz que vive as gêmeas Mae e Osha, ainda tem dificuldades para conquistar o público e não entrega a performance esperada. Além disso, as melhores personagens são repetidamente eliminadas da produção. Dessa forma, fica cada vez mais difícil para a série cair no gosto dos fãs. Entretanto, ao longo do desenvolvimento da trama, sua qualidade geral evolui lentamente e, aos insistentes que continuaram assistindo, eventualmente ela começa a se tornar de fato interessante.

Pensando na finalização da série, ainda cabe ressaltar que algumas escolhas simplesmente não funcionam bem. Temos, no último episódio, a aparição de um dos personagens mais fortes vivo no momento em que a história se passa – se não o mais forte. E a cena é simplesmente tosca. Além de ter uma proposta simples e ruim (a ideia dela em um geral, enquadramento e afins), o momento em que ocorre não agrega em absolutamente nada. Trazer o personagem no final do episódio, por exemplo, retrataria uma dualidade muito mais interessante em comparação com o Mestre Yoda e criaria um gancho excelente para a segunda temporada. Além disso, deixaria uma tensão de mistério para os menos informados que não reconhecessem quem o personagem de fato é. Assim, apesar de termos um enriquecimento da trama no episódio final, a Disney parece ainda não ter encontrado o ponto certo.

Diferentes percepções ganham destaque em The Acolyte

Uma das questões mais interessantes dentro da série é que a Disney se atreve a aprofundar o relacionamento da Ordem Jedi com a república e o processo de busca pela paz interior do grupo. The Acolyte também mostra que a dualidade entre os lados da força não é pesada simplesmente entre “bem” e “mal” com uma clareza muito maior que obras anteriores. E, infelizmente, essa abordagem de tentar explicar diversas problemáticas do universo é um dos grandes problemas da produção.

Acontece que é extremamente difícil trazer todos esses pontos à luz de forma clara e satisfatória enquanto se mantém a qualidade da narrativa. Se torna ainda mais complicado em uma série tão curta e que procura sustentar uma proposta investigativa. Dessa forma, a Disney tenta fazer coisas demais e acaba pecando em executar elas de forma satisfatória e que de fato agregue à trama de maneira impactante. De qualquer forma, o desfecho da série foi, de fato, intrigante, e é inegável que ainda há muito potencial nela. Resta saber como os erros da primeira temporada serão corrigidos em uma próxima (isso se ela for sequer confirmada).

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