A lendária graphic novel “V de Vingança”, de Alan Moore e David Lloyd, vai ganhar uma nova adaptação para TV. Depois de quase duas décadas do filme de 2005, a história do mascarado mais subversivo da cultura pop retorna agora pelas mãos de ninguem menos do que James Gunn, o chefe do DC Studios.

James Gunn e HBO: A revolta vai começar novamente

De acordo com informações recentes, o projeto está sendo desenvolvido dentro do DC Studios e será exibido pela HBO. James Gunn e Peter Safran, dupla responsável por reformular o universo cinematográfico da DC, assinam a produção.

O roteiro fica por conta de Pete Jackson, calma, não é o diretor de “O Senhor dos Anéis. Este Pete é o criador da série “Somewhere Boy” e da adaptação de “A Morte de Bunny Munro”, de Nick Cave.

A produção promete manter o padrão HBO de qualidade, ou seja, violência, política e drama em níveis dignos de produções de grande sucesso como The Penguin, e agora chegou a vez de “V de Vingança” relembrar que revolução também pode render boa audiência.

Um clássico cada vez mais atual

A história original nasceu nas páginas da revista britânica Warrior, antes de ser publicada pela DC Comics. Escrita por Moore e ilustrada por Lloyd, a trama mostra uma Inglaterra distópica, dominada por um regime fascista após uma guerra nuclear.

Nesse cenário sufocante, surge V, um homem mascarado que desafia o sistema com ataques precisos e discursos que fariam qualquer político suar frio. Sua aliada, Evey Hammond, é uma jovem que se vê arrastada para o olho do furacão.

No cinema, o longa de 2005 produzido pelas irmãs Wachowski, trouxe Hugo Weaving e Natalie Portman em atuações marcantes. Mas o novo projeto da HBO promete explorar o lado mais sombrio, político e provocador da história. Afinal, estamos falando de James Gunn, o mesmo cara que fez o público chorar por um guaxinim falante.

V de Vingança” não é apenas sobre explosões e máscaras. É sobre ideias, resistência e poder. A história questiona governos autoritários, manipulação de mídia e a força da rebeldia.

Em tempos de polarização, fake news e discursos inflamados, ver um anti-herói anarquista declarar guerra a um sistema corrupto parece… bem atual, não?