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A Lenda de Aang e o Wushu

A Lenda de Aang- Conheça as relações entre as dobras e o Wushu

Avatar: A Lenda de Aang voltou aos holofotes com a estreia da série live action da Netflix. É a segunda adaptação, no formato, sobre o desenho que fez sucesso no final dos anos 2000. Entretanto, não falaremos sobre a história ou sobre as adaptações em si, e sim sobre as dobras.

As dobras são movimentos de luta que permite ao usário usar uma força elemental (e derivados). No início, vemos usuários das dobras de Ar, Fogo, Terra e Água. Contudo, os movimentos realizados são baseados em movimentos reais de luta.

Estilo Pa Kua, Dobra de Ar – A Lenda de Aang

Todos os movimentos são uma variação de um estilo de Kung Fu. O estilo de dobra do Ar se baseia no Ba Gua, pois a nação do Ar é composta por monges – referenciando o Taoísmo e o Budismo. No Ba Gua, ou Pa Kua, utiliza-se os Oito Trigramas para a fundamentação teórica e prática da arte marcial. Por isso, é comum vemos os praticantes desta arte marcial andarem em “círculos”. Uma grande característica de um praticante de Pa Kua é a agilidade, em como eles se adaptam em algumas situações e quando golpeam seus adversários. Com golpes contudentes porém rápidos, evitando quase um contato direto com o oponente.

Em a Lenda de Aang, e a Lenda de Korra, vemos os dobradores de ar usar dessa agilidade e de outros príncipios da arte marcial citada para realizar a dobra. Várias vezes vemos eles entrando em posturas com as pernas flexionadas e conduzindo a luta de maneira circular, fazendo o círculo dos Oito Trigramas.

Hung Ga e a Dobra de Terra

Em contrapartida, se “opondo” ao estilo da nação do Ar, a dobra de Terra se baseia no Hung Gar, também conhecido como Hung Ga Kuen e Hung Kuen. Enquanto no Pa Kua você fica mais flutuante, no Hung Ga você fica mais firme no chão. Assim, vemos os dobradores de terra ficarem, praticamente, plantados no solo e firmes em suas bases de luta.

É um arte marcial baseada nos estilos dos cincos animais do Shao Lin: Tigre, Garça, Serpente, Dragão e o Leopardo. E também se basea nos cincos elementos: metal, madeira, fogo, água e terra. Uma das lendas, de origem do Hung Ga, diz que a arte marcial surgiu em homenagem ao Hung Hei-kung, que foi aluno do Jee Sin Sim See. Jee foi um monge Chan (Zen) do Sul, que sobreviveu ao ataques aos monastérios na Dinastia Qing. Hung Hei é um dos cinco patriarcas das principais famílias do Kung Fu do Sul da China.

No desenho a cidade mais próspera e capital do Reino da Terra é Ba Sing Se. Seu nome é uma possível referência ao monge Jee Sin See e ela é a representação maior do Hung Ga na animação, pois assim como monge, ela sobreviveu aos ataques de diversos opositores.

Tajin Quan (Tai Chi Chuan) e a Dobra de Água

Já a Nação da Água, é retratada como Inuits e outros povos originários oriundos do ártico. Entretanto, suas dobras são representações do Tai Chi. A dobra de água, assim como o Taji Quan (Tai Chi Chuan), possui movimentos mais suaves que as demais dobras. Portanto, assim como a arte marcial, a serenidade da dobra é a chave para derrotar o oponente.

Ambos também possui relações com a vida, bem-estar e saúde num geral. O Taji Quan, atualmente, está altamente relacionado a meditação, equilíbrio e tranquilidade. Altamente relacionado a medicina antiga chinesa, o Tai Chi trabalha no entendimento da natureza e como ela atua em nós mesmo, pois também somos parte dela. Já a dobra d’água possui propriedades medicinais. Tanto em A Lenda de Aang e A Lenda de Korra, vemos Katara utilizar dessas propriedades. Contudo, tanto o Taji Quan, quanto a dobra d’água, se usados e praticados com raiva pode ser danoso ao praticante e a todo ao seu redor.

Em a Lenda de Aang, isso é retratado quando a Katara busca vingança contra um general da Nação do Fogo. Ela acaba aprendendo a sub-dobra de manipulação do sangue, uma variação da dobra d’água que permite o usuário controlar o sangue de outra pessoa. Podendo fazer o que bem entender com a pessoa, o usuário utiliza-se dessa sub-dobra normalmente para vingança ou terror psicológico.

Bak Sil Lum e a Dobra de Fogo – A Lenda de Aang

Se opondo totalmente a água, a Nação do Fogo usa movimentos dos monges Shaolin do Norte. Os movimentos são agressivos, nada serenos e contudentes. Os praticantes do Bak Sil Lum aprendem a usar o corpo por inteiro como uma arma, além de usar armas brancas como: facão, lança, espada, punhal e derivados.

Por causa da origem da arte marcial ser de uma região montanhosa, acredita-se que isso seja um dos principais motivos pelo uso ativo das pernas, diferente de algumas outras artes marciais do Wushu (Kung Fu). Os praticantes também aprendem técnicas de torções e quebramentos. A base do Bak Sil Lum é a resistência, por isso vemos monges Shaolins do Norte realizando grandes feitos de testes de força e derivados.

Já no desenho, essa agressividade aparece de diversas maneiras. Ela serviu para ilustrar um pouco do porquê da Nação do Fogo ser conquistadora. E vemos diversas vezes que Zuko era bastante agressivo, quando caçava o Aang. Entretanto, ele perde por um período a capacidade de dobrar o fogo, depois da redenção dele e mudança de propósito. Por não ter uma natureza agressiva, Aang sente muita dificuldade de aprender a dobrar o fogo com o Zuko. Contudo, os dois aprendem que há um estilo mais suave dentro da própria dobra. Assim, Zuko retoma a capacidade de dobrar o fogo e Aang finalmente domina o último elemento que faltava para ele dominar como Avatar.

Essas foram uma explicação de como eles se inspiraram em artes marciais do Wushu para os movimentos das dobras, em A Lenda de Aang e a Lenda de Korra.

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