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Se o universo é vasto e amplo, poderíamos estar a sós?

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A relatividade da revolução, analisando o aspecto de O problema dos 3 Corpos, é entender os aspectos de uma negação constante do que realmente se fundamenta a física. É entender que não existe um ponto de justificativa para um sentimento tão cegante e influenciador quanto a falta de individualidade. O poder é do povo, mas a verdade nem sempre provém da opinião pública. A corrupção que veda os olhos do homem em sua demonstração mais primária de força e imposição é forte, inquestionável e fielmente seguida.

Foto/Reprodução

Tempo é a duração de fatos. É a maneira como contabilizamos os momentos, seja em horas, dias, semanas, séculos. Entretanto, o tempo também é uma grandeza física, considerado uma das dimensões do universo. O tempo é tudo. Até que ponto verdade e ilusão alinham suas percepções em nome de um evento? Estaríamos vivendo como em Matrix, sobre constante perspectiva de medo, insegurança e em busca do final de uma grande contagem regressiva chamada vida? Pensar nisso, ou ponderar sobre questões desse feitio parecem bobas, mas quando observadas por Auggie Salazar (Eiza González) durante toda a série, assume caráter extremamente relevante. Entender de que forma um ser humano mediante outras situações encararia o final de uma contagem desconhecida, é observar os atos de uma personagem ainda sem muita certeza de que aquilo não passa de sua própria morte.

Quando O Problema dos 3 Corpos ainda era de 1 corpo só

Com sangue de inocente em mãos e a verdade como faca que mata sem piedade, um julgamento público corrompe nossos olhos nas primeiras cenas da obra inspirada no livro que traz o mesmo nome. Julgado por propagar a teoria do Big Bang e a existência de Deus, um homem tem sua vida tirada de maneira brutal. Ainda assim, é contestado por sua esposa, também física, mediante toda a humilhação pública, para a tristeza e desespero da filha, que aguarda na multidão. Revelando em seus primeiros instantes cenas semelhantes a morte de Ned Stark (Game Of Thrones), é impossível negar a influência de seus cocriadores em ambas as obras, mostrando uma tendência a humilhação pública e mortes sangrentas.

O drama novelesco bem representado em Saul

Numa oscilação entre tempo da narrativa, somos introduzidos a alguns cientistas e físicos já na atualidade. A protagonista logo de cara é revelada, onde sua contagem regressiva tem início após o suicídio de uma de suas colegas de profissão. Sem maiores explicações, onde quer que olhe, observa números se formarem em estranhas linhas de energia, dando a entender que o fim daquela contagem não pode ser algo bom.

Auggie (Eiza González) carrega consigo a agonia de não entender o que se passa através de seus olhos, quando finalmente é abordada por uma mulher misteriosa que questiona se ela vê a contagem. Incitando que Auggie desista de seu projeto e sua empresa, some de maneira misteriosa, levando a novos questionamentos do que se trata tal projeto que está atrás de tantos físicos e cientistas, e qual o motivo para toda aquela matança.

O Problema dos 3 corpos. Foto/Reprodução
Sobreviveriamos a loucura de enxergar algo que ninguém mais vê?

A Revolução Chinesa, o paradoxo de Flemi e a diversificação temática

Em um arco fantástico, a ambientação segue o final dos anos 1960, que seria o período da Revolução cultural Chinesa (movimento sociopolítico liderado por Mao Tsé-Tung, que tentou eliminar influências capitalistas na China), voltando seus olhos aquela filha, Ye Wenjie, uma jovem astrofísica, filha do professor de física morto devido ideias reacionárias.

O paradoxo de Fermi conta que a contradição entre as estimativas de probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidência para contato ou comunicação é algo a ser notado. O universo é vasto, e a probabilidade que existam outros planetas semelhantes a terra é considerável. Nisso, entende-se que a vida extraterrestre deveria ser comum, mas o que não ocorre. Ye Wenjie, já por trás de toda a comunicação extraterrestre da base chinesa, retrata de maneira cirúrgica tal paradoxo, questionando mais uma vez: Onde estaria tal vida inteligente, se o universo é vasto e amplo? Não poderíamos estar sós. Não estamos sós.

A Revolução Cultural Chinesa foi um marco histórico a todo o desenvolvimento Chinês.

O Problema dos 3 Corpos – Você acredita em extraterrestres?

Entender a série é entender pontos positivos e negativos de uma produção de valor tão alto e com grandes expectativas. Dessa maneira, é entender que a série não supre o que deveria suprir mediante tamanho investimento. Seu roteiro acaba criando uma grande questão em torno de temáticas que não parecem fazer a série evoluir. Além de desenvolver diversos personagens de forma pouco atrativa. Todavia, a temática e maneira que as explicações científicas assumem dentro do contexto são ímpares quando se trata de um conteúdo diferenciado e pouco explorado pelo cinema e streaming no geral.

Vale a pena conferir O Problema dos 3 Corpos, já disponível na Netflix. A maior recomendação que pode-se ter ao iniciar tais episódios é, sem dúvida, ir com a mente de assistir algo que não se intera ao melhor do gênero Sci-fi, mas que entrega muito quando se trata de efeitos visuais e áudio.

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Helena Mota

Helena Mota

Redatora, Cientista Social em formação, Jornalista em construção, poetisa e escritora nas horas vagas. Amante da cultura clássica, filmes cult e o conhecimento como forma de edificação.

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