Preparado para o maior sábado da sua vida? Amanhã, Birmingham será o palco do maior evento de heavy metal de todos os tempos! Se você deu bobeira e ainda não sabe o que vai rolar, a Black&CO te coloca por dentro de tudo sobre o dia 5 de julho.
É isso mesmo: o Black Sabbath retorna com sua formação original (Ozzy Osbourne, Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward) para o ato final. Sim, a gente sabe que a galera lembra que a banda já tinha baixado as cortinas em 2017 com a turnê The End, mas foi sem o Bill. Desta vez, no evento chamado “Back to the Beginning”, o quarteto se reúne na cidade natal para fechar o ciclo de vez, marcando também a despedida de Ozzy dos palcos.
Nas palavras do próprio Príncipe das Trevas:
“Chegou a hora de voltar ao começo… hora de retribuir ao lugar onde nasci. Quão abençoado sou por fazer isso com a ajuda de pessoas que amo. Birmingham é o verdadeiro lar do metal. Birmingham para sempre.”
E como se isso não bastasse, o lineup é um verdadeiro terremoto do metal! O próprio Ozzy fará sua despedida solo ao lado de gigantes como Guns N’ Roses, Metallica, Pantera, Gojira, Alice in Chains e Slayer. E o mais importante: todo o lucro do evento será revertido para as instituições de caridade Cure Parkinson’s, Birmingham Children’s Hospital e Acorn Children’s Hospice.
Não vai a Birmingham? Tem streaming!
A organização liberou uma transmissão paga para quem quiser assistir de casa. Os ingressos online custam R$ 82,25 (mais taxas) no site backtothebeginning.com. O sinal entra no ar às 11h (horário de Brasília) e ficará disponível por 48 horas.
A ideia do streaming surgiu após uma avalanche de pedidos nas redes sociais. Em comunicado oficial, Sharon Osbourne, a esposa e empresária de Ozzy, explicou:
“Tivemos uma demanda enorme de fãs do mundo todo que não conseguiram ingressos para o show, e eles recorreram às redes sociais, implorando para que transmitíssemos ao vivo. Sendo este um evento tão histórico, não poderíamos decepcioná-los.”
Expectativas pro show
Já montou sua lista de desejos? Eu não espero, e definitivamente não estou prevendo, mas torço para que o “trono de morcego” que Ozzy usou no Rock and Roll Hall of Fame esteja presente. Imagina ele ali no centro, iluminado só por uma luz fraca?

Não é só de arrancar cabeça de morcego no palco que vive o nosso Príncipe das Trevas. Ozzy sempre teve uma presença única. Seus gritos de guerra, como “I can’t fuckin’ hear you!” e “Let me see your fuckin’ hands!”, viraram rituais. Mas ele também sabia demonstrar a sua vulnerabilidade.
Em músicas como Mama, I’m Coming Home e Dreamer, Ozzy deixava de lado a casca de excessos e mostrava o homem frágil, quebrado, sonhador. Ozzy é uma figura limiar, alguém entre mundos: vivo e morto, luz e trevas, sonho e destruição. Ele é um oráculo quebrado, um símbolo de sobrevivência que se recusa a cair.
Imagina esse último show.
Palco escuro. Silêncio.
Ozzy, imóvel sobre o trono. A plateia sem piscar.
Ele se levanta devagar, abre os braços e canta:
“I’m just a dreamer, I dream my life away…”
O morcego que virou meme retorna como símbolo. Ali, sentado, ele está acima do passado, da dor, dos rótulos. Ele sobreviveu à indústria, aos excessos, à doença. O trono não seria apenas uma performance. Seria resistência. Seria despedida. Um fim sem espetáculo, só sentimento.
O fim do Príncipe das Trevas.
O metal morreu? Conta outra
Muitos dizem que o rock perdeu a majestade no mainstream, mas a verdade é que a força do heavy metal nunca dependeu só disso. A prova está aí: os ingressos para o show de amanhã esgotaram em menos de meia hora.
No fim das contas, o rock só morreu para quem acha que morreu.
E você, vai assistir? Depois volta aqui nos comentários e conta pra gente o que achou do show!
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