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The Perfection – A perfeição como único padrão

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Numa produção Netflix, The Perfection (2018) é, sem dúvidas, um filme ímpar a sua proposta inicial. Tendo nomes como Richard Shepard na direção, Eric C. Charmelo e Nicole Snyder brilhando num roteiro extremamente surpreendente, facilmente observa-se a história de Charlotte (Allison Williams, da série “Girls”), como uma violoncelista extremamente talentosa que tem a oportunidade ainda criança de estudar numa das escolas mais fantásticas do ramo. Tendo seu sonho interrompido graças a doença da mãe, tem seu posto ocupado logo após sua saída por Lizzie (Logam Browning, da série “Dear White People”), que demostra extrema desenvoltura, roubando o lugar de sua antecessora.

Mesmo após anos, Charlotte vem a receber um convite de seus professores de música, que pareciam ter sumido desde a última noite da jovem como aluna. Num excêntrico convite, descobre estar sendo solicitada em Xanguai como jurada, o que a leva a revisitar o passado de forma inesperada. Chegando lá, sua presença permite que conheça sua substituta, descobrindo se tratar muito além de uma simples mulher, levando as personagens a um intenso caso amoroso. Num vínculo praticamente imediato, uma relação intensa e extremamente apaixonante leva o espectador a fortes cenas, apelando a intensidade da intimidade de ambas. Com um abordagem nada sutil, o filme vem a direcionar seu roteiro a novas perspectivas, abandonando um pouco a temática musical inicial.

Seus quatro atos sugerem uma singularidade progressiva e digna de grande apreensão, combinando perfeitamente diversos gêneros. Num leve atropelamento devido à grande gama de sentimentos e questões, observa-se a tentativa clara de brincar com o outro que observa atentamente o desenrolar da história, onde Shepard parece dançar com o desenvolvimento do filme, transacionando entre passado e presente numa brilhante forma de contar e desvendar cenas enigmáticas. Entendendo somente o motivo e toda a história por trás do filme num desfecho espetacular, tudo parece se encaixar como em um quebra-cabeças, unindo o conceito de arte, a dor da perfeição e a história repleta de cenas conturbadas e esclarecedoras sobre o motivo que leva todo o filme a existir.

The perfection

Insana ou não, a sonhada busca pela perfeição revela uma inteligência muito bem explorada das protagonistas, implementando uma disputa irracional de egos. A bizarrice como forma de espanto e brutalidade torna o filme ainda mais surpreendente, trabalhando traumas do passado de forma extremamente cinematográfica e criativas. Seja o violoncelo arma para uma grande carreira ou inspiração a um grande ato de vingança, The Perfection é um filme de grande acerto em sua premissa, revelando uma história envolvente e que surpreende em sua apresentação.

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Helena Mota

Helena Mota

Redatora, Cientista Social em formação, Jornalista em construção, poetisa e escritora nas horas vagas. Amante da cultura clássica, filmes cult e o conhecimento como forma de edificação.

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