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Vidas Passadas – um filme bonito e doloroso ao mesmo tempo

Esse é o primeiro filme da cineasta coreana Celine Song. Vidas Passadas da A24 já marcou presença em renomados festivais de cinema em todo o mundo, desde Berlim até o Festival do Rio e deve ganhar prémios no Oscar também. Agora, finalmente, está prestes a estrear nos cinemas brasileiros no dia 25 de janeiro.

A narrativa segue a trajetória de Nora (Greta Lee) e Hae Sung (Teo Yoo), que são inseparáveis e vivem aquele namoro inocente da infância mas verdadeiro. Mas que infelizmente são separados quando a família de Nora migra para o Canadá.

Depois de anos separados, Nora se torna escritora e vive em Nova York. Após ver que Hae Sung estava procurando por ela no Facebook, Nora decide chama-lo, voltando a se falarem pela Internet diariamente, com Hae Sung continuando vivendo na Coreia do Sul e Nora em Nova York.

Vidas Passadas, já teve sua estreia nos EUA e apenas agora irá chegar aos cinemas Brasileiros. Porém mesmo assim, o longa foi bastante comentado nas redes sociais e continua despertando a curiosidade de muitos.

vidas passadas

UMA TRAMA SENTIMENTAL

Algo muito presente e importante no filme é o termo sul-coreano “In-Yun”, uma palavra cujo significado não possui tradução para outra língua, mas ela gira em torno da ideia de que existe um motivo de duas pessoas se encontrarem. Assim como Nora explica o significado quando conhece Arthur (John Magaro), seu futuro marido. Se dois estranhos se esbarram, seja em uma rua ou em um espaço randômico, deve ter havido algo entre eles em vidas passadas.

Vidas passadas é aquele filme romântico, mas com momentos tristes que com certeza vão tirar lágrimas dos espectadores, de fazê-lo sentir um vazio no coração e derretido também. Uma história de amor na infância que foi se perdendo durante os anos e que fica o questionamento “e se tivesse acontecido daquele jeito?”.

O filme usou muito bem os momentos do passado, presente e futuro dos personagens, se alternando para contar a história. Começando com uma imagem de três adultos bebendo em um bar de Nova York. Dois são coreanos e um é americano branco. Uma voz narrativa, talvez representando a do público ou do cineasta, especula provocativamente sobre quem são essas pessoas. Logo depois voltando no tempo para entendermos o que realmente está acontecendo naquela cena.

O trabalho de direção do filme é algo feito com carinho e os atores entregam bastante, fazendo o espectador sentir o peso de algumas cenas e seus significados, reflexões sobre a vida. Trazendo algo mais realista para a história, não sendo mais um daqueles romances que fogem bastante da realidade.

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