Na atualidade, vive-se um período de euforia diante do avanço das Inteligências Artificiais.
Existem massivas quantidades de dados acessíveis aos usuários da internet e visíveis progressos na arquitetura de computadores que permitem o gigantesco e quase instantâneo processamento de dados e informações.
Em razão da evolução constante da área, a Inteligência Artificial se tornou assunto frequente nos debates contemporâneos e temas de inúmeras ficções futuristas.
Segundo Teresa Bernarda Ludermir[1], “as máquinas não estão somente fazendo trabalhos manuais, mas também trabalhos racionais, tarefas que requerem o uso do que se considera inteligência”.
O machine learning[2] é o ramo da inteligência artificial que se pauta na análise dos dados obtidos para a observação de padrões e, consequentemente, geração do aprendizado das máquinas.
Para Teresa Bernarda Ludermir “é por meio do aprendizado de máquina que o computador está adquirindo novas habilidades. As técnicas de aprendizado de máquina permitem que o computador aprenda por exemplos, ou seja, aprenda por meio dos dados”, gerando assim, conhecimento.
É possível aduzir que os seres humanos possuem conhecimento intuitivo que não conseguem expressar verbalmente com facilidade e, sem uma compreensão formal desse conhecimento intuitivo não seria possível escrever códigos e programas para representá-lo.
Então, qual seria solução? Para Teresa Bernarda Ludermir[3] “a solução é a máquina aprender esse conhecimento por si mesma, de maneira similar como os seres humanos aprendem”, ou seja, a Inteligência Artificial irá apreender o conhecimento intuitivo assim como os humanos, pelo empirismo e experimentação, chegando inclusive, as suas próprias conclusões.
Assim, neste panorama, em um futuro próximo, as maquina aprenderiam a pensar, criar, desenvolver, e quem sabe, sentir.
Parceira de John-117 “Masterchief” nos meses finais do conflito Humano-Covenant, a inteligência artificial denominada Cortana mostrou ser muito mais do que uma ferramenta de guerra.
A inteligência artificial mostrou que máquinas podem ser mais humanas que os humanos, nos levando a questionar nosso lugar no universo e o papel enquanto sociedade.
As I.A.s são extremamente comuns na linha do tempo do universo Halo, não sendo incomum ver grandes fragatas do UNSC tripuladas por I.A.s, contudo, segundo informações constantes do site Halo Project Brasil[4], acreditando que Inteligências Artificias volitivas exigiam material melhor para usar como sementes de matriz, em 21 de maio de 2549, a cientista-chefe da ONI doutora Catherine Halsey, clonou-se vinte vezes usando equipamento similar que havia sido usado para fazer os flash clones do programa SPARTAN-II, aquele que deu origem ao próprio Masterchief.
Contudo, diferente das versões anteriores, neste novo experimento, a doutora Catherine Halsey aumentou sua fisiologia neural em detrimento de outras funções biológicas, sendo forçoso concluir que no seu sentir, a mente seria o novo estágio da evolução.
Devido ao rápido desenvolvimento celular, pouco mais de dois meses depois da clonagem, em 29 de julho, a doutora Catherine Halsey extirpou os cérebros dos clones e os transferiu para unidades criogênicas, incinerando os substratos orgânicos restantes[5].
Neste contexto, dentro dos limites da Base Castle no planeta Reach, em 7 de novembro[6] de 2549, a doutora Catherine Halsey transferiu e autenticou o padrão neural da espécime recém criada a partir de seus clones denominadas de H-1, para estratos matriciais de uma Inteligência Artificial I.A.
Dessa forma, foi criada a obra suprema da doutora Catherine Halsey, a inteligência artificial que mudaria o destino da guerra e o rumo da humanidade
Assim nasceu Cortana[7].
[1] LUDERMIR, Teresa Bernarda. Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina: estado atual e tendências. InInteligência Artificial. Estudos avançados 35 (101). Jan-Apr 2021, p.85. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2021.35101.007
[2] Segundo PEREIRA, Suzana Maria de Freitas et all, Machine Learning (ML) ou Aprendizagem de Máquina é uma área da Inteligência Artificial que, segundo a International Business Machines Corporation (IBM), utiliza métodos estatísticos para treinar dados por meio de algoritmos, possibilitando realizar classificações, previsões e insights que geram métricas que contribuirão para a tomada de decisão nas organizações. In: Atual cenário de publicações com uso de machine learning para diagnósticos em saúde. Disponível em https://www.iesp.edu.br/sistema/uploads/arquivos/publicacoes/atual-cenario-de-publicacoes-com-uso-de-machine-learning-para-diagnosticos-em-saude-autor-a-pereira-suzana-maria-de-freitas-.pdf Acesso em 15/05/2023.
[3] LUDERMIR, Teresa Bernarda. Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina: estado atual e tendências. InInteligência Artificial. Estudos avançados 35 (101). Jan-Apr 2021, p.87. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2021.35101.007
[4] https://haloprojectbrasil.com.br/2022/07/27/cortana-2/ Acesso em 27/04/2023.
[5] Segundo Alan Uemura em artigo publicado no site UOL, no tocante as modificações apresentadas pela séria Live Action da Paramount “o processo real é retirado diretamente da tradição do universo do jogo original, onde Cortana foi criada usando a clonagem ilegal de flash da criadora espartana Dra. Catherine Halsey. Halsey então usou um processo chamado Cognitive Impression Modeling para criar uma varredura do cérebro do flash-clone; isso forma uma inteligência artificial baseada no chamado cérebro “doador”, mas infelizmente destrói o original. https://observatoriodegames.uol.com.br/mercado/serie-halo-muda-origem-de-personagem-importante-dos-jogos Acesso em 09/05/2023.
[6] A princípio, essa pode parecer uma data comum, mas há uma informação bem interessante escondida nela. Se usarmos o padrão norte-americano, 7 de novembro é lido como 11/7. Essa é uma referência ao protagonista de Halo, Master Chief, que também é conhecido como John 117.
[7] O nome de Cortanaé diretamente inspirado na espada usada por Holger, o Dinamarquês, que foi um dos 12 cavaleiros do lendário rei Carlos Magno. Isso deu continuidade a uma tendência da Bungie, desenvolvedora de Halo, de nomear seus projetos se inspirando em espadas históricas
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