A princípio, não há maneiras de dimensionar a carreira de uma estrela. Não há maneiras de dimensionar Amy Winehouse. Que venha morrer cem vezes. Isso não interferirá, porém, em todo seu legado, que permanece em um brilhantismo único, carregado das mais sujas e conturbadas maneiras de se seguir.
“Não escrevo músicas para ser famosa, eu escrevo músicas porque preciso transformar algo ruim em algo bom.”
As lágrimas do espectador secam, como as de Amy em Back to Black. Os olhos se enchem de dor e sofrimento, esperança e consideração, ao finalmente se deparar com o legado de uma grande cantora nas telas cinematográficas. Assim, numa produção direcionada por Sam Taylor-Johnson, roteirizada por Matt Greenhalgh e contando com um elenco de peso de Marisa Abela, Jack O´Connell e Eddie Marsan, sua estreia está prevista para 16 de maio nos cinemas.
Ele não deixara tempo de arrependimento. E como as letras profundas que consomem seus ouvintes, Back to Black retrata música e história assemelhando-se a uma ruína grega. Os tons belos que carregaram em sua juventude dão voz a uma Amy caída, cada vez mais em declínio de si, contando com um final já conhecido por todos. Seus olhos brilham magnificamente no trailer, quando seus sonhos ainda são palavras bonitas em voz rouca, onde suas músicas ainda são sinônimo de sucesso, dinheiro, felicidade.
Back to Black: “E as minhas lágrimas secam. Removido de tudo que passamos. E eu trilho um caminho problemático.”
As nuances que percorrem uma jornada em busca da simples e casual felicidade parecem difíceis de se chegar, de acordo com a premissa que o filme promete e ao histórico que permeia uma grande biografia desse porte. Narrando abertamente todo o entorno da grande cantora conhecida por inúmeros sucessos como “Rehab”, sua morte grita aos mais alarmados um final já esperado, devido seu falecimento na realidade aos 27 anos por intoxicação alcoólica em 2011.
Trazendo, dessa forma, o nome do seu álbum mais famoso, o longa conta com uma história contada através dos olhos da própria cantora, contando a perspectiva de seu relacionamento com Blake (Jack O´Connell). Assim, durante sua breve carreira, prêmios como Grammy foram-lhe agraciados por seis vezes, sendo ainda considerada uma lenda no estilo soul e R&B. De fato, pensar na letra de suas músicas é pensar em sua própria consciência de si, é pensar em Amy como alguém que trilhou um caminho problemático para que talvez, doesse menos assim. E aqui, we only said goodbye with words.
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Uma resposta
Até onde podemos ir por amor? Amy, admiro você por sua autenticidade e genuinidade, tanto na música quanto em sua maneira de ser e sentir. Você foi uma alma sem máscaras, transformando sua dor em arte, como Van Gogh fez. Lamento profundamente que tenha partido tão prematuramente.