A Maldição de Cinderela: Eu Desejo Vingança

Compartilhar

Ela será possuída e a realeza ira sangrar

Após a a estreia do tenebroso filme de terror psicológico “Alice no País das Trevas” que nos lançou em um abismo onde a linha entre a fantasia e o desespero se desintegra, a A2 Filmes mergulha ainda mais fundo na escuridão, revelando a crueldade que se esconde nos cantos mais sombrios do mundo. E é dessa escuridão que surge “A Maldição de Cinderela”, um conto maligno, onde a esperança é uma chama apagada e a redenção é uma piada cruel.

Cinderela não é mais a doce e ingênua donzela que pensamos conhecer. Ela se tornou uma criatura amaldiçoada com sede de vingança, uma visão perturbadora que desperta terror em todos que cruzam seu caminho. Seus pés, antes cobertos por sapatinhos de cristal, agora estão descalços, deixando trilhas de sangue coagulado por onde passa. Cada passo é um sussurro sinistro de sofrimento e morte.

O Despertar do Demônio

Sua alma, outrora pura e radiante, foi corrompida por uma sede insaciável de vingança, uma chama infernal que cresceu em seu coração após anos de humilhação e abuso infligidos por suas irmãs, as malditas Anastasia e Griselda. As sombras do rancor se entrelaçaram em sua essência como uma praga venenosa, transformando-a de dentro para fora. Mas foi no baile, sob a luz fraca dos candelabros, que sua transformação completa aconteceu.

O príncipe, que ela acreditava ser seu salvador, não só a ignorou, mas a submeteu a uma sessão de humilhação pública e agressão. Diante de todos os nobres, ele revelou seu verdadeiro ser desprezível, tratando-a como se ela fosse menos do que a sujeira sob seus sapatos polidos. Cada palavra que ele disse era como um prego cravado em sua alma, cada risada cruel era um golpe no pouco que restava de sua dignidade. A luxúria e o ódio se misturavam nos olhos dos aristocratas enquanto ela era espezinhada, arrastada para um pesadelo do qual não podia acordar.

A partir daquele momento, a doce Cinderela morreu, e algo demoníaco e cruel tomou seu lugar. Ela se tornou uma criatura das sombras, guiada pelo desejo de vingança, pronta para punir todos aqueles que a fizeram sofrer. O baile, que deveria ser um símbolo de sonho e esperança, transformou-se em uma cena de carnificina iminente, com o som de gritos e a presença constante do medo pairando no ar. A caçada começou, e ninguém escapará da fúria de uma alma que as forças do ódio e da vingança quebraram e reconstituíram.

Uma ode ao Ódio

“A Maldição de Cinderela” não é um conto de fadas. É uma ode ao sombrio, ao rancor, ao ódio que corrói a carne e envenena a alma. Aqui, não há finais felizes, apenas o eco distante de gritos sufocados e o cheiro metálico do sangue derramado. Nesta narrativa, o sapato de cristal quebra em estilhaços cortantes, e um machado gotejando o líquido rubro da realeza toma seu lugar. Cada cena é um pesadelo trazido à vida, onde o amor não traz redenção, mas sim um despertar para as chamas do inferno.

Portanto, tome cuidado ao desejar um príncipe encantado, pois nesta história, ele não vem com promessas de felicidade eterna, mas com olhos frios e um coração negro como a meia-noite. Os deuses desviam seus olhares para não testemunhar a brutalidade que se esconde nas sombras. Quem ousar caminhar por este terreno profano encontrará não uma caravana de carruagens, mas uma procissão de espectros famintos por almas.

O amor, ao contrário do que nos contaram, às vezes é apenas o prelúdio de um caos ainda maior. Às vezes, é o prelúdio do inferno, onde mãos apertam cada vez mais forte para sufocar os gritos, e a luz desaparece para sempre, deixando apenas a trilha escura dos amaldiçoados. Bem-vindo ao reino das sombras, onde a vingança é uma música interminável e a morte é a única garantia. Que os deuses tenham piedade de você.

Leia Também

Siga a Black nas redes sociais: ⁠ https://beacons.ai/blackentbr

Ou pelos links: Instagram, Tiktok, Twitter, YouTube, Spotify e no Threads.

Helena Crestan

Helena Crestan

Trans, musicista e graduanda em Jornalismo. Amante de café e apaixonada pela escrita. Uma alma sombria que encontra beleza no macabro e no imperfeito

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *