Gerações após a era de Cesar, o mundo do Planeta dos Macacos já não é o mesmo. Mais uma vez, é necessário lutar pela sobrevivência e dominação. Os símios estão cada vez mais evoluídos, enquanto os humanos regridem ao primitivo. Agora, temos um novo universo, com seu próprio protagonista e disputas. O legado de Cesar, entretanto, começa a desvanecer.
Após a trilogia épica de Matt Reeves, Wes Ball tinha uma missão dificílima: manter a qualidade da franquia em seu retorno. Podemos dizer que ele conseguiu cumprir essa missão, já que O Reinado é um excelente filme, apesar de ainda não ter atingido o nível de seus predecessores. A falha se concentra principalmente no ritmo narrativo e no fato de termos poucas novidades em relação às produções anteriores.
Em aspectos técnicos, Wes Ball entrega um longa muito satisfatório de assistir: o CGI, cenários, trilha sonora, fotografia e afins, estão impecáveis. A narrativa, por outro lado, apesar de ter uma proposta interessante, não tem um bom ritmo e deixa a desejar em alguns momentos. O caminho percorrido até que a trama seja revelada é simplesmente arrastado e não há o aprofundamento necessário para alguns personagens e suas relações. Assim, temos um longo período dedicado à introdução e, ainda assim, ela não é muito bem executada.
Um recomeço para o Planeta dos Macacos
Apesar de suas falhas, o longa traz uma proposta interessante para filmes futuros e diversos caminhos a se explorar. Caso a equipe saiba reavaliar o trabalho feito em O Reinado e entender seus erros e acertos, o potencial para as sequências é imenso. E, nesse caso, Wes Ball poderia certamente superar a incrível trilogia de Reeves. Com poucas obras de grande relevância em sua filmografia, Planeta dos Macacos é o diamante que poderia alavancar a carreira do diretor, que já garantiu um excelente começo em sua jornada.
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