Graças ao convite da Espaço Z, a equipe de redação da Black teve a oportunidade de assistir à pré estréia de Furiosa no IMAX Palladium e é necessário adiantar: que filme! Com um elenco de peso enorme que conta com a incrível Anya Tayllor-Joy, Chris Hemsworth, Tom Burke e Angus Sampson, o filme tem sua estreia marcada por um sonoro 88% no Rotten Tomatoes! O longa, que conta a história da icônica personagem Furiosa, da saga Mad Max, usa bem os clichês e mostra a filmes como “Solo” e outros de origem, como se faz uma história envolvente, leve e com significado.
Com gigantescas duas horas e meia de filme e 5 atos (que ficam muito claros na tela, aliás), Furiosa é uma história de origem. “Certo, mas então deve ser um filme só sobre traumas de um planeta corrompido e blá, blá, blá, né?” você pode pensar. Contudo, é aí que se engana. Furiosa não só conta a história de uma das protagonistas mais badass da história do cinema, mas adiciona um conteúdo gigantesco à já estabelecida lore de Mad Max. Contando histórias de tribos nômades e como parte dos maiores poderes da Wasteland se estabeleceram, o filme segue uma consistente linha de explicações da construção da personalidade animalesca e retraída comumente vista em braços direitos (piada não intencional) “e “fodões” de protagonistas que precisam de desenvolvimento.
Furiosa (Anya Tayllor-Joy), mesmo aparecendo apenas alguns atos após o início do filme, trouxe uma atuação que fala muito mais com seu olhar do que com qualquer palavra. O silêncio, necessário em sua jornada à lá Mulan, trouxe à personagem uma aura sombria para a percepção daqueles à sua volta. A proficiência em combate e inteligência espacial (não, não estamos falando de foguetes) de Furiosa – claramente herdadas de sua mãe – afloram em momentos decisivos, configurando a ela um estilo de luta limpo e preciso.
Furiosa engrandece a lore de Mad Max
Além das incríveis lutas, explosões, carros estilosos e da barba magnífica de Chris Hemsworth, o filme tem outro ponto de desenvolvimento MUITO interessante. Longe de uma história focada em um único acontecimento ou lugar, Furiosa traz o espectador para uma situação macro. Nela, as grandes fortalezas do deserto acupam lugar de destaque e única referência que possa minimamente ser chamada de civilização. Onde os já conhecidos controles sobre água e comida imperam, tais recursos viram moeda de troca quando faz-se necessário manter o estilo de vida das poucas facções que controlam a vida na Terra. Munição, armas e combustível são indispensáveis nessa eterna guerra por poder e recursos. Com isso, nosso já amado (odiado?) vilão Immortan Joe se torna apenas mais um coadjuvante nesta amedrontadora realidade onde apenas aquelas pessoas mais ambiciosas e dispostas a passar por cima de tudo e todos conseguem ascender.
O conceito da Estrada da Furia também foi melhor desenvolvido, tendo como colaborador “master” (para uma atração visual de qualidade) os constantes ataques aos comboios e a dificuldade de – toda vez que o comboio sai “de casa” – acessar qualquer lugar além da segurança da Cidadela. Além disso, um lapso de relações comerciais e formas de “governo” também são mostradas e como elas funcionam em cada lugar. Isso aprofunda ainda mais o universo e nos faz pensar em como serão os próximos passos da franquia, já que ela passa a tomar forma como Star Wars também um dia passou a expandir seu universo.
Um mundo de curiosidades
Ao contrário de um deserto de informações, o mundo de Mad Max hoje encontra-se em um oceano de curiosidades. Enquanto Furiosa torna-se uma das melhores obras até então (George Miller nós te amamos), este universo já trilhou um longo caminho até chega aqui. Portanto, se você tem interesse em conhecer mais, acesse nosso conteúdo criados ESPECIALMENTE PARA ISSO, CLICANDO AQUI. Além do texto em nosso portal, você também encontrará um programa em vídeo gravado por nossa equipe também comentando passagens deste universo e sobre a mais nova produção da franquia, acessando nosso youtube ou spotify
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