Olhar de Cinema: 8 Filmes de Hou Hsiao-hsien são destaque na nova edição do Festival Internacional de Curitiba

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De 12 a 20 de junho, o 13º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba reunirá curtas e longas-metragens de todo o mundo nas salas de cinema de Curitiba, com sessões no Cine Passeio, no Cinemark Mueller e na Ópera de Arame.

O evento, que é um dos principais festivais dedicados à sétima arte no Brasil, é composto por 10 mostras, cada uma propondo um olhar diferente sobre as produções selecionadas e a forma de consumir o cinema.

Na Mostra Olhar Retrospectivo, um grande nome do cinema mundial é destacado, por meio de uma retrospectiva de suas obras e uma reflexão profunda sobre sua trajetória. Na edição 2024, o espaço será dedicado ao diretor Hou Hsiao-hsien,  um dos mais influentes cineastas dos últimos 40 anos e que, devido ao Alzheimer, anunciou em 2023 a interrupção, em vida, de sua impressionante trajetória cinematográfica.

“Queremos celebrar em vida a trajetória artística de um dos grandes mestres do cinema contemporâneo, promovendo a descoberta ou reencontro pelo público de suas obras na tela grande, com toda a opulência visual e sonora que o cinema de Hou Hsiao-hsien merece”, comenta Antônio Gonçalves Jr, diretor do Olhar de Cinema.

Oito dos 18 longas do cineasta foram selecionados, apresentando três fases de sua carreira: o estabelecimento de sua visão de mundo e do cinema nos anos de 1980; a consolidação de seu estilo e o reconhecimento mundial nos anos 1990; e suas obras de “maturidade”, do século XXI. 

As produções que compõem a Mostra Olhar Retrospectivo são:

“A Assassina” (“Cike Nie Yin Niang” / Dir Hou Hsiao-hsien | Taiwan / 2015 / 105’) – Sinopse: Durante a dinastia Tian, no século VIII, uma assassina profissional, Yinniang, treinada com os melhores mestres, é encarregada de matar um homem do governo, mas não consegue cumprir sua missão quando o vê segurando um bebê recém-nascido. Pela sua covardia, ela é punida com o castigo de matar o próprio primo, por quem é apaixonada e estava destinada para se casar desde a adolescência. 

“Café Lumiere” (“Kôhî jikô”| Dir. Hou Hsiao-hsien | Japão | 2003 | 108’) – Sinopse: Uma jovem pesquisadora japonesa está realizando uma ampla análise sobre a vida e a obra de um compositor taiwanês. Porém, para terminar sua tese, ela terá que encontrar o café onde o músico costumava ficar, mas essa missão pode ser complicada. 

“Millennium Mambo” (“Qian xi man bo” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 2001| 119’) – Sinopse: No começo de um novo milênio, em 2011, a jovem Vicky conta sua história a partir de 10 anos atrás, descrevendo sua juventude e as mudanças pelas quais estava passando. Na época, ela trabalhava com atendente em um bar e estava dividida entre dois homens, um era o seu chefe e protetor, enquanto outro era um cafajeste que a enganava. 

“Adeus, Ao Sul” (“Nan guo zai jian, nan guo” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1996 | 116’) – Sinopse: A cidade de Taipei vê o surgimento de todo tipo de criminosos por causa da grande transição política que Taiwan enfrenta. Esta é a história de dois pequenos criminosos da cidade.

“O mestre das marionetes” (“Xi meng ren sheng” |Dir. Hou Hsiao-hsien |Taiwan / 1993 / 142’) – Sinopse: O mestre de marionetes Li Tian-lu conta a história de sua vida e como era Taiwan na primeira metade do século XX. 

“Cidade das tristezas” (“Bei qing cheng shi” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1989 | 157’) – Sinopse: O filme acompanha, nos primeiros anos de República da China, na Taiwan de 1945, a queda da família do patriarca Lin Ah-lu. O primogênito da família, Wen-heung lida com o nascimento de seu primeiro filho, enquanto lidera o restaurante da família, que é a fonte de renda. O irmão do meio, que tem problemas psicológicos causados pela guerra, logo começa a fazer negócios com a máfia de Xangai. Enquanto o caçula surdo, Wen-ching, é atuante da resistência. Em fevereiro de 1947, mais de 20 mil habitantes são mortos numa rebelião e a família de Lin é tragicamente modificada.

Poeira ao Vento” (“Liàn liàn fengchén” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1986 | 109’) – Sinopse: Um homem e uma mulher parecem ser o par ideal do outro entre todos os habitantes da cidade. O único problema é que eles não estão juntos e parece que nem o tempo e o destino darão sinais que eles conseguirão se encontrar. 

“Tempo de viver e tempo de morrer“ (“Tóngnián wangshì” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1985 | 138’) – Sinopse: O filme semi-autobiográfico de Hou Hsiao-hsien traz sua infância e adolescência em Taiwan, lidando também com as mortes de seu pai, sua mãe e sua avó.

Acompanhe a programação e as novidades pelo site www.olhardecinema.com.br, pelas redes sociais oficiais:

Instagram @olhardecinema e Facebook.com.br/Olhardecinema.

Identidade Visual Olhar de Cinema 2024 – Cred Olhar de Cinema / Divulgação

A 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba é realizada por meio do programa de apoio e incentivo à cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, sendo também o projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, e pelo Ministério da Cultura – Governo Federal, com patrocínio do Itaú e Peróxidos Brasil, apoio do Instituto de Oncologia do Paraná, Sanepar, Cimento Itambé, Favretto Mídia Exterior, e apoio cultural de Projeto Paradiso, Cine Passeio, Instituto Curitiba de Arte e Cultura. Verifique a classificação indicativa de cada filme e sessões com acessibilidade de audiodescrição. 

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Diogo Bueno

Diogo Bueno

Jornalista. Crítico de Cinema. Roteirista. Colecionador de Funkos e quase EX-Chiquititas.

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